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2015, e agora? (3 de 3)

Em pleno oceano, isto é, em 2015, como vamos navegar? Como vamos ser felizes num país que tem tudo para o ser e, na generalidade, não o é?Andamos nas ruas, entramos num café, atendemos um telefonema e batemos na verdadeira crise - a crise dos cinzentos que somos, a grande massa de povo que se deixa (des)governar. Todos aqueles que conhecem todos os seus direitos, que esperam que as condições para serem felizes lhes sejam oferecidas por alguém. É altura de tomarmos a decisão de governar o nosso barco. O “serei feliz quando…” não existe! É a desculpa perfeita para sermos, cada dia, mais infelizes. Deixar de esperar que sucedam algumas coisas para sermos mais felizes é o primeiro passo para o sermos.Algumas análises prospectivas, abundantes nesta altura do ano, referem que a globalização vai regredir. Provavelmente, esta é a ideia mais presente e mais forte nestes escritos em O MIRANTE: o valor do local. Apostamos inequivocamente no local. É na terra onde nascemos, onde vivemos, que podemos ser mais felizes. Tudo aponta para o local, o up local, é o caminho para a sustentabilidade duradoura aos mais variados níveis, designadamente o pessoal. Vila Franca de Xira, Santarém ou Chamusca, entre todas as outras, são terras fantásticas, banhadas por um rio único.Vivemos num país que tem tudo para sermos felizes. As nossas terras, cidades, vilas e aldeias são magníficas. Temos todos os recursos necessários para vivermos bem, temos um património imaterial único. Na verdade, a escolha depende de cada um de nós. Chega da farra deliberada de deixar tudo igual e ficar à espera que algo mude para melhor!É fundamental aperfeiçoar o conhecimento, melhorar os padrões gerais de cultura (processo educativo) e estabelecer redes de difusão de informação útil. Temos de voltar a saber que a castanha da Índia controla eficazmente o colesterol; que em poucas semanas a tensão arterial baixa consideravelmente com as sementes de linhaça moídas. É inteligente voltar a construir casas de adobe (terra), quentes de inverno e frescas no verão, saudáveis e que duram 300 ou 400 anos. Sabemos trabalhar a terra nas condições biofísicas que temos. A nossa floresta tem um potencial único, veja-se o caso do montado de sobro e azinho.No que respeita a infraestruturas temos do melhor que há no mundo. Todos os dias os estrangeiros que escolhem o nosso país para viver o testemunham. Dizem-nos que na cultura vivemos momentos únicos.O que nos falta?Bons governantes?Então e a nossa parte, está assegurada? De onde aparecem esses homens e mulheres que nos vão governar bem e levar ao sucesso?Ainda acredita em passos de magia?Jamais podemos esquecer que o futuro depende do que cada um fizer agora.Carlos A Cupeto (com Vanessa Schnitzer)

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