Hipólito Dias David, 65 anos, é oriundo de terras algarvias, mas vive em Castanheira do Ribatejo desde Maio de 2014, onde chegou “através da assistente social” para viver na APATI - Associação Promotora de Apoio à Terceira Idade. A vida deste antigo carpinteiro de cofragem não foi fácil. Teve que emigrar para a Alemanha ainda novo e quando voltou não tinha casa nem família. “Antes de ir embora tive uma briga com a minha mulher e quando voltei ela já cá não estava”, explicou o reformado a O MIRANTE. Teve que viver como sem abrigo durante algum tempo, mas a sua vida mudou para muito melhor desde que chegou à APATI. Embora ainda viva há pouco tempo no Ribatejo, diz que está a gostar bastante e a experiência de viver na APATI tem sido muito gratificante. Como é uma pessoa que gosta de conviver e fazer amigos, sempre que pode participa nas actividades da instituição. Foi o caso das celebrações do Dia de Reis deste ano, em que foi convidado para fazer de São José no presépio vivo. Foi um dos nove figurantes e mostrou-se bastante à vontade na pele de “santo”, até porque da profissão de carpinteiro sabiam os dois. Também Celeste Oliveira, de 83 anos, que encarnou a mãe de Jesus, mostrou-se muito feliz por ter sido escolhida para o papel. “Já fiz uma vez de anjinho, mas confesso que gosto mais de fazer de Maria”, frisou a idosa. Parte integrante do centro de dia da APATI, há cerca de um ano e meio, gosta muito de conviver e participar de todas as actividades que lhe são propostas. “ É uma forma de passar o tempo”, refere. Sílvia Guimarães