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Bloco quer “facilitador cigano” na Câmara de Santarém

Assembleia municipal aprovou proposta de recomendação mas principais partidos abstiveram-se
Com apenas dois votos favoráveis, dos eleitos do Bloco de Esquerda e do movimento independente Mais Santarém”, a Assembleia Municipal de Santarém aprovou na sua última sessão uma proposta de recomendação ao executivo camarário que visa o recrutamento de um “facilitador cigano” e a criação de um plano de trabalho para a igualdade. A proposta foi apresentada por Vítor Franco, do Bloco de Esquerda, e contou com a abstenção das forças políticas mais representativas - PSD, PS e CDU.A proposta aprovada recomenda à Câmara de Santarém “a elaboração de um plano de trabalho, co-relacionado ao Plano para a Igualdade, contendo objectivos específicos de acção e o recrutamento de um facilitador social de etnia cigana”. O texto sugere ainda à autarquia que seja pró-activa nessa matéria e que faça uso da experiência de outros municípios e do conhecimento prático e colaboração de organizações como o SOS Racismo, a Pastoral dos Ciganos e o Alto Comissariado para as Migrações e Diálogo Intercultural.O Bloco de Esquerda considera “a inserção das crianças ciganas na escola - em especial as meninas - e o prolongar dos seus estudos fundamental para a evolução das mentalidades da comunidade e para um grande reforço da sua capacidade de resposta às dificuldades sociais”. Acrescenta que “a actual fragilização do sistema de saúde acresce factores de exclusão das pessoas ciganas”, pelo que “importa reforçar os laços de aproximação ao Serviço Nacional de Saúde, assim como para o acompanhamento de crianças portadores de deficiência, com casos conhecidos na cidade”.“O estabelecimento de uma intervenção continuada nas comunidades ciganas é fundamental para a construção de diálogos preventivos e relações de confiança. Esta postura muito ajudará na prevenção de situações de conflito e na construção de uma cidadania mais responsável, forte, individual e colectivamente”, sublinha ainda o Bloco de Esquerda, destacando que deve ser dada prioridade à participação de mulheres ciganas, “não só porque a discriminação de género se acentua em cenários de discriminação social mas também porque as mulheres são agentes de mais forte e mais rápida transformação”.Para o Bloco de Esquerda, “o desenvolvimento de todo este trabalho só é possível se for feito com pessoas da própria comunidade, tendo-os como agentes principais da transformação e da acção, implicando o recrutamento e formação de pessoas ciganas”.

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