uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
"É mais fácil enfrentar os desafios do dia-a-dia quando gostamos do que fazemos"

"É mais fácil enfrentar os desafios do dia-a-dia quando gostamos do que fazemos"

João Pedro Varanda, responsável da loja Fontacessível do grupo Onlybattery, no Forte da Casa

Natural da Póvoa de Santa Iria João Pedro Varanda é uma pessoa optimista por natureza e um apaixonado por cavalos. Acredita que o concelho de Vila Franca de Xira está a crescer e que é um bom sítio para se viver e trabalhar. Acredita ser uma pessoa desenrascada que gosta de engenhocas. A honestidade e a confiança são os principais valores a ter com os clientes. A família e os amigos são o bem mais importante que tem na vida.

Sou um apaixonado por cavalos e tenho vários na zona da Chamusca. Em conjunto com o meu irmão temos cinco cavalos. Começou por ser uma ocupação de tempos livres e lazer mas ultimamente temos tentado dar um salto em frente e criar alguns para vender. Tenho um cavalo que é só meu e que não quero vender, chamado Kalifa. Por causa do trabalho só monto ao fim-de-semana. Ainda vivo na Póvoa de Santa Iria, onde passei uma boa infância. Quando era mais pequeno a vida era calma, jogava à bola na rua e estudava. Estava sempre pela Póvoa, excepto aos fins-de-semana. Gosto de ir ao café e de jogar à bola com alguns amigos mas nunca fui pessoa de hábitos. Quando era pequeno gostava de ser jogador de futebol. Assim que entrei no secundário quis ser comercial. Mas acho que o meu verdadeiro desejo sempre foi ter um trabalho ligado aos cavalos. O concelho de Vila Franca de Xira é um concelho que vai dando para viver. Existem algumas fábricas e sinto que as coisas têm crescido nos últimos anos. Acho que o país tem futuro. Vejo pelos meus amigos, há uns anos atrás andavam todos com a cabeça na lua e hoje em dia estamos todos a lutar pelo que queremos. Quando cheguei a este trabalho, há cerca de ano e meio, não imaginava o que vinha fazer. Tirei um curso profissional de marketing, com equivalência ao 12º ano, e quando o acabei quis começar a trabalhar e nunca mais pensei em voltar a estudar e prosseguir estudos na faculdade. Nunca gostei muito da escola. O meu primeiro emprego foi num supermercado, a trabalhar como repositor, onde estive durante uns meses. Quando acabei a escola precisava de fazer alguma coisa para ganhar o meu dinheiro e entrei nesse supermercado, mas cansei-me depressa. Sou uma pessoa com algum jeito para esta área da energia portátil, para lidar com baterias e carregadores. Desde miúdo que me desenrascava em tudo, quando tinha motas mexia nelas e arranjava-as. Quando partia a Playstation em casa era eu que a arranjava. Sempre fui um pouco engenhocas e nunca tive medo de meter mãos à obra. Sempre vi este jeito como uma forma de desanuviar a cabeça dos problemas do dia-a-dia.Passo muito tempo na loja. Às vezes, quando é preciso, venho ao centro técnico resolver um determinado problema ou uma situação que é urgente. Neste negócio o desafio é sempre o mesmo: arranjar mais clientes e mostrar o melhor que temos. Não queremos vender más baterias ou produtos de baixa qualidade. Na relação com o cliente a confiança é fundamental. Para mexer nesta área da electricidade e electrónica é essencial sermos desembaraçados e termos um espírito aberto. Quando não sei fazer determinada reparação tenho de estudar e procurar formas e métodos de cumprir as expectativas dos meus clientes. Também é preciso muita responsabilidade, porque algumas baterias são autênticas bombas, há riscos se as coisas não forem feitas com responsabilidade.Gosto de encontrar uma bateria que nunca vi na vida porque adoro desafios. Felizmente nunca tive problema nenhum. Uma vez estive mais de meia-hora a olhar para uma bateria a decidir como é que ia fazer a reparação. Cada vez mais as baterias são parte das nossas vidas. A maior parte das coisas em que mexemos tem bateria, como o telemóvel, o carro, comando da televisão ou o telefone lá de casa. O desafio futuro será encontrar melhores baterias que aguentem ainda mais tempo. Todos os dias vejo aparecerem coisas novas e por isso o futuro será cheio de possibilidades. O único acontecimento que me tirou o sono foi a morte de um tio. Acredito que se fizermos o que gostamos torna-se mais fácil enfrentar os desafios e os problemas do dia-a-dia. Levo os problemas da loja para casa. Há alturas em que os meus pais têm que me mandar calar. Acho que a economia vai melhorar mas é porque sou uma pessoa optimista por natureza. A família e os amigos são as coisas mais importantes da vida. Não os dispenso por nada. Filipe Matias
"É mais fácil enfrentar os desafios do dia-a-dia quando gostamos do que fazemos"

Mais Notícias

    A carregar...