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“Cumprimos os nossos compromissos porque nos ajustámos à realidade”

“Cumprimos os nossos compromissos porque nos ajustámos à realidade”

Romeo Manuel Queirós Lourenço, presidente do Clube Desportivo Amiense
Como começou a sua ligação ao clube? Acho que todos temos obrigação de dar algo de nós à comunidade. Dentro das minhas possibilidades é o que tenho feito. Integrei a direcção da Casa do Povo de Amiais de Baixo durante nove anos e fiz parte da anterior direcção do Clube Desportivo Amiense. E colaboro em outras iniciativas. Não é fácil arranjar pessoas para estes cargos. O que é ser presidente de um clube?É dar algo de nós apesar de a família também sofrer com a nossa actividade. Só quem passa por um cargo destes é que consegue compreender o quanto temos que dar de nós para que as coisas corram, mais ou menos, como deve de ser. Nem sempre as coisas funcionam na perfeição mas tudo fazemos para que nada falte e para sermos minimamente profissionais dentro do amadorismo. Muito tenho a agradecer a todos os outros elementos da direcção por terem aceite o meu convite. Que balanço faz dos últimos tempos do clube?Cumprimos com os nossos compromissos embora os apoios tenham diminuído porque as pessoas e empresas já não conseguem colaborar como faziam há uns anos. Além disso, e como todos sabemos, os apoios da câmara são até à data, falando desta época desportiva, nulos. O Clube Desportivo Amiense tem conseguido sobreviver mas vamos ser obrigados a trabalhar com um orçamento mais reduzido. Uma das nossas apostas foi optar por ter um plantel mais à imagem de Amiais, com a maioria dos jogadores formados no clube. Queríamos com isto reaproximar as pessoas do Amiense e também dar oportunidade aos nossos jovens. Não podemos dizer que estamos totalmente satisfeitos em relação ao nosso primeiro objectivo mas mesmo assim pensamos que aos poucos e a médio prazo voltaremos a ter o campo da Azenha a “ferver” como acontecia há uns anos. Sonhamos com isso. Nada temos a apontar aos nossos atletas, sentimos muito orgulho neles porque sabemos que dão tudo em campo para conseguir alcançar resultados positivos.Como caracteriza a população de Amiais de Baixo?Somos um povo hospitaleiro, caloroso e que gosta de receber bem. Um povo que tem orgulho de dizer de onde é e que de tudo faz para manter as suas tradições. Não somos melhores nem piores que ninguém. Somos assim e é assim que gostamos de ser. Basta ver o empenho que todos colocam na festa anual e noutras iniciativas como aconteceu o ano passado com a primeira edição do Festival do Capado para se perceber que aqui reina a união e a entreajuda. O que pensa da política da câmara em relação à freguesia de Amiais de Baixo?A câmara podia e devia apoiar mais as freguesias rurais. Infelizmente muitas vezes somos esquecidos. Não fosse a nossa garra e orgulho e nada se fazia. Em relação ao Clube Desportivo Amiense apenas pedimos o mesmo tratamento que é dado às outras associações desportivas. Já tivemos diversas reuniões com o executivo camarário para explicar isso. Reconhecemos que existe vontade mas falta concretizar e pôr em prática algumas ideias que nos foram transmitidas apesar de sabermos que as dificuldades são muitas e que a situação financeira não é a melhor. Como avalia a situação da terra em termos económicos? Havendo emprego, com maior ou menor dificuldade, tudo se revolve. Não podemos dizer que a nossa região é das mais fustigadas pelo desemprego, apesar disso espero que a situação económica melhore para que possa haver mais investimento e todos ganharem com isso, trabalhadores e empresários. Por falar em empresários, perdemos recentemente o senhor Joaquim Louro que era um grande amigo e que sempre esteve presente, não só na freguesia de Amiais de Baixo e circundantes, mas especificamente no Clube Desportivo Amiense. Era um cidadão atento e disponível com uma enorme vontade de fazer o bem e de dar a mão a quem precisava. Fica a nossa gratidão e respeito por este homem, pela sua simplicidade e grandeza.
“Cumprimos os nossos compromissos porque nos ajustámos à realidade”

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