A cantora Dora Maria apresenta em Santarém mais um espectáculo de apresentação do seu segundo CD “Encontros”, que tem direcção musical de José Cid e do Mestre da guitarra portuguesa Custódio Castelo. É a 6 de Fevereiro, sexta-feira, às 21h30.A estreia em palco de “Encontros” aconteceu a 23 de Fevereiro em Abrantes. O concerto naquela cidade teve como convidados especiais José Cid, Custódio Castelo e Jorge Benvinda dos Virgem Suta que compôs um tema para o álbum e o cantou em dueto com Dora Maria, tendo também protagonizado um outro momento único ao cantar a solo o fado “Nem às paredes confesso” de Artur Ribeiro/Francisco Trindade e Max. Segundo ele foi a sua estreia em palco como fadista.O tema de Jorge Benvinda, “Vais estranhar”, que tem letra do outro elemento dos Virgem Suta, Nuno Figueiredo, é um dos mais surpreendentes do CD “Encontros” e foi escolhido para primeiro “encore” do concerto de Abrantes. O tema que é utilizado como cartão de visita deste segundo trabalho da cantora, é uma canção brasileira “A Vida Vai” da autoria de Janaína Pereira, da banda Bicho de Pé, que Custódio Castelo transfigurou, dando a Dora Maria a oportunidade de ter no seu reportório um exemplo de uma versão melhor que o original. José Cid foi o primeiro convidado de Dora Maria a subir ao palco do cine-teatro S. Pedro em Abrantes. Em dueto interpretou “Vozes do silêncio” um fado da autoria da sua prima Maria Manuel Cid, da Chamusca, já falecida (Nos salgueirais do Tejo meu corpo adormeceu/Vestido com as sombras em noites de luar/Na cama de folhagem amor aconteceu/E as vozes do silêncio passaram devagar) e o tema “Pescador dos Olhos Azuis”, um dos dois que compôs para o CD. O outro é “Canto Imaginário”, com letra de Tiago Torres da Silva. Dora Maria tem a acompanhá-la nos espectáculos Luís Coelho, na guitarra portuguesa, João Chora, na viola, Fernando Maia, na viola baixo, Bernardo Fouto, no acordeão, e Tiago Ramos (Secret Lie), na bateria. Um outro grande momento da noite de Abrantes foi a participação do guitarrista Custódio Castelo (compôs o fado “Xerazade” para o CD). Antes de se juntar em palco aos restantes músicos entrou pela zona central da plateia tocando a solo um dos seus temas originais, mostrando porque é muito justamente considerado pela crítica especializada o grande mestre da guitarra portuguesa do momento.