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Presidente de Almeirim quer pagar até 2016 empréstimo do PAEL a 14 anos

Pedro Ribeiro está a fazer pagamentos extraordinários ao programa a que aderiu o seu antecessor
O presidente da Câmara de Almeirim quer pagar até final de 2016 o empréstimo contraído pelo seu antecessor, Sousa Gomes, no âmbito do Programa de Apoio à Economia Local (PAEL). Pedro Ribeiro (PS), em declarações a O MIRANTE, revela que no mês de Janeiro já fez uma amortização extraordinária de 25 mil euros e pretende continuar a amortizar a dívida nos próximos meses, como forma de libertar-se do encargo com o qual não concordava quando era vice-presidente da autarquia. A autarquia recebeu em 2013 ao abrigo deste mecanismo do Governo para as autarquias o montante de 694 mil euros para pagamento de dívidas a fornecedores. O pagamento do valor tem um prazo de 14 anos e as prestações são semestrais, tendo a autarquia liquidado já dois anos. O autarca quer livrar-se rapidamente do encargo para não comprometer a estabilidade financeira da autarquia no futuro. “Este programa tem custos e juros associados e se pagarmos rapidamente ficam menos juros e dívida para o futuro”, sublinha. A taxa de juro aplicada é de 2,69 por cento.Quando o ex-presidente Sousa Gomes (PS) propôs a aprovação em assembleia municipal da candidatura ao programa, justificava que ao receber dinheiro pagar dívidas a fornecedores podia libertar algumas verbas para fazer pequenas obras. Sousa Gomes já não podia recandidatar-se à presidência do município nas eleições que iam decorrer no ano seguinte mas mesmo assim enunciava que o dinheiro seria para as obras da casa mortuária de Benfica do Ribatejo e o parque de estacionamento em frente ao posto médico da mesma freguesia, além do arranjo de ruas em Raposa e Paço dos Negros, entre outras. O processo de adesão ao PAEL foi tudo menos pacífico. O ex-presidente chegou a dizer que tinha sido boicotado internamente, porque na altura de se fazer a candidatura ao PAEL não apareceram alguns documentos e que o registo de facturação não estava em dia. O que, assegurava, impedia que se pedisse mais dinheiro. Sousa Gomes pretendia atingir Pedro Ribeiro com o qual estava em divergências políticas, sobretudo por não querer que este fosse o candidato do PS. Pedro Ribeiro, em declarações a O MIRANTE na altura, disse desconhecer qualquer assunto relacionado com o PAEL para além daquilo que foi a reunião de câmara e assembleia municipal, salientando que o presidente é responsável directo desde 1990 pela área das finanças e contabilidade.Numa assembleia municipal no início de 2013, a então eleita da CDU Manuela Cunha classificou como “enredo novelístico” o facto de Sousa Gomes ter lançado publicamente suspeitas de que Pedro Ribeiro estava de conluio com a chefe da contabilidade para que facturas não fossem registadas porque estaria contra a adesão do município ao PAEL. E realçou que as questões da falta de rigor e transparência sempre foram um apanágio da câmara liderada por Sousa Gomes.

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