A Maxipet, uma nova fábrica em Ferreira do Zêzere que se dedica à produção de alimentos para cães e gatos, pretende crescer no mercado para, futuramente, gerar mais postos de trabalho. Nesta primeira fase, a fábrica que representou um investimento de 5 milhões de euros, labora com 10 colaboradores, seis licenciados e quatro com o 12.º ano. “Queremos, rapidamente, começar a trabalhar em três turnos e contratar novos colaboradores, não investindo apenas nas tecnologias mas também na formação das pessoas”. Para tal, frisou o director-geral, Luís Guilherme, os portugueses têm que começar a comprar mais produtos nacionais. “Queremos avançar para outras áreas complementares de negócio, criar mais postos de trabalho e fazer a economia crescer, assim os portugueses queiram dar a sua preferência na hora de comprarem”, anunciou.O apelo foi feito no decorrer da cerimónia de inauguração da fábrica, na tarde de sexta-feira, 13 de Fevereiro, que contou com a presença da ministra da Agricultura, Assunção Cristas, entre centenas de convidados e representantes de associações empresariais e industriais. Entre os presentes, destacavam-se representantes da embaixada da China em Portugal, sendo a sessão traduzida em mandarim. Luís Guilherme explicou que a Maxipet começará a colocar em Março no mercado primeiro a marca Campeão e depois a Happy One. Pretende destinar 60% da sua produção ao mercado nacional e promete vender um produto de mais qualidade e a melhor preço. Numa segunda fase, “a empresa quer produzir uma ração ainda em fase de desenvolvimento, dando resposta a um nicho de mercado (premium e superpremium) que actualmente depende totalmente das importações”, frisou.Realçou ainda o recurso a empresas portuguesas e do concelho para a construção da fábrica, um projecto pensado há três anos que é fruto da iniciativa de um grupo de empresários “com mais de 30 anos de experiência” no ramo do fabrico de alimentos para animais, e para a automação do processo produtivo, destacando a aposta na redução dos custos com energia e no recurso a matéria-prima nacional. “Achamos que este projecto fazia falta a Portugal. Foi fruto de um árduo trabalho e hoje é uma realidade”, disse.A ministra da Agricultura Assunção Cristas, realçou as apostas da Maxipet na qualidade, inovação e sustentabilidade, enaltecendo a ambição de colocar no mercado nacional “rações de elevada qualidade e inovadoras” para cães e gatos, produtos dos quais Portugal é grande importador.Confrontada pelo director-geral da Maxipet com o peso da aplicação da taxa máxima de IVA nos alimentos para animais de companhia, a ministra afirmou que a questão se coloca em vários produtos do sector agroalimentar. “Mais pudéssemos fazer e mais faríamos. É sempre matéria no radar das preocupações do Governo”, declarou.O presidente da Câmara de Ferreira do Ferreira do Zêzere, Jacinto Lopes (PSD), congratulou-se com este novo investimento no concelho. “Expresso as minhas felicitações à administração da Maxipet e a este grupo de investidores que, munidos com uma férrea vontade e uma visão estratégica, contribuem para o desenvolvimento económico de Ferreira do Zêzere e do país”, sublinhou. Jacinto Lopes explicou a O MIRANTE que a autarquia facilitou o processo de implementação desta nova empresa, reduzindo a taxa inerente à sua construção em 50% e dando a máxima celeridade ao seu licenciamento da fábrica. O município também não cobra qualquer Derrama, à semelhança do que faz com as outras empresas. “Queremos estar do lado da solução e não do problema”, afirma.