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Cobrança de taxas sobre fossas sépticas gera críticas  em Salvaterra de Magos

Há vários anos que falo e escrevo sobre este assunto. Ainda há dias fiz aqui um comentário sobre isto porque este assunto deixa-me irritado. Estamos num país onde nos cobram o que querem e aumentam tudo quando querem. É uma espécie de lei da selva onde o mais forte é que vence. Como é que uma classe rural, em que a maioria vive de uma agricultura de subsistência ou está já reformada, pode com todas estas despesas? Vamos ter outra vez a velha bomba eléctrica a esvaziar as fossas sépticas durante a noite mas que interessa isso aos senhores da Águas do Ribatejo? Eles querem é facturar e bem. Felizmente que temos um presidente de câmara sensível a estas situações.Obrigado senhor Hélder Esménio pela sua sensibilidade e justiça para com os mais desfavorecidos.Libório Não conheço a situação e não me pronuncio sobre ela mas não pude deixar de reparar na questão dos cidadãos de primeira e de segunda. Um dia contaram-me uma história muito interessante. Um senhor tinha um terreno e queria lá fazer uma casa. O terreno ficava num cabeço. Não havia esgotos, nem água canalizada, nem luz. O presidente da câmara disse-lhe que a lei até permitia a construção mas que ele ficava sem aqueles serviços até haver casas que justificassem um investimento naquelas infraestruturas. O homem disse que não fazia mal e que percebia muito bem. E fez a sua casinha. Passados meses começou a ir às reuniões públicas de câmara protestar porque não tinha esgotos, nem luz nem água. Depois foi para os jornais e para as televisões. Era incrível, segundo ele, que no século vinte e um ainda houvesse pessoas privadas daqueles bens essenciais. Que vivia num país do terceiro mundo. Não sei o desfecho da história mas não me admirava que farto dos protestos do homem, dos abaixo-assinados de solidariedade com o cidadão ostracizado pelos políticos e das notícias dos jornalistas mas militantes, o presidente tenha aberto os cordões à bolsa e gasto uns milhares valentes do dinheiro público para dar conforto ao munícipe.Manuel Francisco Tereso

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