Piedade Salvador, nascida há 65 anos em Samora Correia, começou a escrever poesia ainda muito nova, quando na escola lhe pediram para fazer um poema dedicado ao Dia da Mãe, que na altura se comemorava a 8 de Dezembro. Tinha nove anos e como não sabia bem o que representava esse dia, dado que em sua casa nunca se deu importância, pensou que o poema era para ser dedicado “à mãe de todos nós” e escreveu: “Senhora da Conceição és uma mãe muito querida, dava-te o meu coração para ser feliz na vida”. A partir daí nunca mais parou e não há um dia que passe sem escrever, embora confesse que as pessoas gostam muito de a ouvir declamar. As rádios locais foram as grandes responsáveis por tirar os seus poemas da gaveta. Tem dois livros publicados, intitulados “Os versos que fiz ao Povo” e “Memórias - Pedaços da minha vida”, assim como diversas participações em colectâneas de poemas e é nos costumes e tradições do Ribatejo que vai buscar as suas grandes inspirações. Sílvia Guimarães