O atendimento ao público é desgastante. Quando estou fora do escritório tento esquecer-me do trabalho. Claro que acabo sempre por desabafar e falar da minha vida profissional com a minha esposa. É também uma forma de partilhar com ela o meu dia-a-dia.Corro praticamente todos os dias e costumo participar em provas de dez quilómetros. Comecei a correr porque tive uma rotura de ligamentos no joelho e tive de deixar de jogar futebol. Correr acaba por se tornar um vício porque começamos a querer bater os nossos tempos e as nossas marcas e vamos sempre correndo mais e mais.Também faço mergulho e a tranquilidade do fundo do mar ajuda-me a libertar do stress. Esta paixão surgiu há três anos através de um amigo meu que já praticava e que acabou por ser o meu instrutor. Faço mergulho aos fins-de-semana sempre que tenho oportunidade e o tempo o permite. Há dois anos até fiz mergulho no Egipto.Durante o curso comecei a ajudar a minha mãe no escritório. Tirei o curso de Gestão de Empresas na Escola Superior de Gestão e Tecnologia de Santarém. Foi no primeiro ano em que foram criadas as licenciaturas. Foi importante para eu crescer, ganhar conhecimentos que não tinha e conhecer pessoas que não conheceria se não tivesse frequentado aquele ciclo de ensino.Quando acabei o curso fiz uma sociedade com a minha mãe. Com o fim da minha licenciatura, em 2003, e a reforma do meu pai iniciámos uma segunda etapa de crescimento na Coelho Seguros. A minha mãe já tinha a sociedade de mediação em nome individual. Somos uma empresa de confiança. As pessoas precisam de acompanhamento e as seguradoras não estão preparadas para acompanhar o cliente directamente.Não me imagino a trabalhar sem ser na área dos seguros. Nós acabamos por ser aquilo que a vida nos proporciona e sinceramente não me via noutro lugar. Gosto de ser o responsável pelas minhas decisões. Se alguma coisa correr mal temos de ter a capacidade de tentar remediar e procurar uma solução para o problema, mas quando essas decisões não passam por nós é muito mais difícil.Dou-me bem com toda a gente e estou bem inserido na comunidade. Sou um filho da terra. Sou nascido e criado em Coruche e ficar cá acabou por ser um processo natural. No trabalho, e na minha vida em geral, faço por ser sério e profissional.Costumo viajar com frequência e já visitei vários países mas falta-me ir à Tailândia. É a minha viagem de sonho e espero realizá-la em breve. Quanto a outros destinos, gostei muito da grandiosidade de Nova Iorque e da simplicidade de Cuba. Eu e os meus pais temos uma excelente relação no trabalho. Apesar de muitas pessoas dizerem que nem sempre é fácil trabalhar com a família, nós os três entendemo-nos perfeitamente bem a trabalhar juntos. Faltam jovens, indústrias e movimento em Coruche. Somos uma vila do interior onde o emprego é cada vez menos e não é fácil cativar empresas e casais jovens. Gosto da tranquilidade de Coruche porque sei que aqui encontro uma qualidade de vida que não conseguiria encontrar nos grandes centros.Os fins-de-semana são dedicados aos amigos e à família. Um sábado à noite é bem passado a jantar fora e a sair com os amigos. Os domingos são reservados para a família. Os bons amigos e a família são presentes e todos os outros vão passando. Aos fins-de-semana gosto também de ver filmes e séries na televisão.  Mariana Apolónia