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Abraçou o desafio de ser empresária devido ao gosto pela doçaria

Abraçou o desafio de ser empresária devido ao gosto pela doçaria

Jovem de 24 anos nunca tinha trabalhado em restauração

Catarina Vieira assume que não é mulher para desistir facilmente dos objectivos a que se propõe. O último desafio que enfrentou foi o de partilhar a gestão da Casa dos 7 Montes, em Tomar, com o marido e uma amiga, confeccionando toda a comida que ali pode ser apreciada.

Os olhos também comem e quem entra na Casa dos 7 Montes, na Rua Marquês de Tomar, junto ao centro histórico de Tomar, depara-se de imediato com uma montra de cupcakes e outros bolinhos caseiros que fazem crescer água na boca. A responsável é Catarina Lopes Vieira, 24 anos, que pensou em ser advogada mas acabou por se entregar de alma e coração à confecção de comida. Apesar de nunca pensar em ser empresária de restauração, o gosto por fazer bombons acabou por a levar a abraçar a aventura há cerca de três meses. “Queremos que as pessoas se sintam em casa e provem doces diferentes”, resume. A variedade de sabores é uma mais valia podendo ser desfrutados cupcakes de morango, mirtilo, oreo, chocolate, noz ou, por exemplo, bolas de berlim, panquecas ou bombons artesanais para acompanhar o chá ou café.Natural de Ferreira do Zêzere, casada e com uma filha de sete anos, Catarina Vieira já adoptou a cidade templária como sendo sua, apreciando muito o facto de trabalhar junto ao rio e ao parque verde do Mouchão. Foi ali que estudou e começou a trabalhar logo após completar o 12.º ano, na Escola Secundária Santa Maria do Olival. Há algum tempo pensou que seria melhor começar a trabalhar para si do que para os outros e convidou uma amiga, Maria Helena, para a acompanhar na aventura de ser empresária no ramo da restauração. “Gosto de cozinhar e como aqui me deixam cozinhar como eu quero e sempre que quero é muito bom. Por isso, esta acaba por ser a minha profissão de sonho actual”, atesta.A jovem nunca tinha trabalhado em restauração mas já tinha bastante experiência a trabalhar em atendimento ao público como, por exemplo, em museus. Deixou o emprego que tinha, em Setembro do ano passado, para encontrar um novo rumo para a sua vida. O marido, Pedro, também a apoiou nesta ideia desde o primeiro momento. E nem a grande carga burocrática e outros obstáculos que encontraram em todo o processo as demoveu. “O segredo é nunca desistir”, afirma.“Queríamos vender chocolates de qualidade e achámos que conseguíamos trazer um conceito diferente a Tomar, uma cidade que tem muitos cafés e pastelarias”, explica a jovem que assume que prefere ficar na cozinha, de volta dos tachos e panelas, do que a atender o público. Aprendeu a cozinhar muito cedo, a ver como é que os outros o faziam, e tudo o que sabe aprendeu de forma autodidacta. “Adoro chocolate e não há nada nesta casa que saia para a vitrina sem que seja experimentada antes. Gostar de comer ajuda”, refere, com um sorriso aberto. Polivalente, sabe que também tem que ajudar ao balcão e nas mesas quando é necessário, embora o prefira fazer à noite, quando encontra as pessoas mais sociáveis e descontraídas.Catarina Vieira salienta a qualidade dos chás e dos chocolates que a Casa dos 7 Montes tem, difícil de encontrar em outros estabelecimentos na cidade. Todos os doces são confeccionados de forma artesanal e os chás são todos de infusão. Também se pode saborear baguetes e refeições leves num espaço que foi decorado ao pormenor para fazer com que as pessoas se sintam realmente em casa. “Gostava muito que viessem conhecer, experimentar o ambiente e o que temos para oferecer”, refere.Quando não está a trabalhar, dado que o estabelecimento está aberto todo os dias, prefere ficar a brincar com a filha Laura que também já dá uma ajuda na cozinha. “Temos aqui umas bolachinhas da Laura para vender”, atesta Catarina, que não olha a horários e tem consciência que, nos próximos tempos, vai ser muito difícil conseguir tirar férias. Sem lemas de vida, Catarina assume que não é mulher para desistir facilmente dos objectivos a que se propõe. A determinação, sabe-o bem, é imprescindível para que os sonhos se tornem realidade. O seu, neste momento, é que o negócio prospere e que os tomarenses ou quem visita a cidade não tenham receio em experimentar algo de diferente porque a diferença também pode ser sinónimo de algo bom.
Abraçou o desafio de ser empresária devido ao gosto pela doçaria

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