A Águas do Ribatejo (AR) registou mais de 300 mil euros em prejuízos, nos últimos três anos, com furtos e actos de vandalismo em equipamentos e infraestruturas dos sete municípios onde presta serviços de abastecimento de água e saneamento básico. O prejuízo mais avultado foi registado em Marinhais, onde foi furtada uma unidade móvel de desidratação que ascende aos 80 mil euros. Tendo em conta essa realidade e visando o combate aos furtos de metais não preciosos, a empresa assinou um protocolo com a Associação para a Promoção da Segurança de Activos Técnicos (PSAT), na manhã de 24 de Março, que pretende reforçar a segurança junto de mais de uma centena de equipamentos.Na sequência deste protocolo, assinado na sede da Água dos Ribatejo, em Salvaterra de Magos, a PSAT vai integrar mais de 50 equipamentos e infra-estruturas da AR na rede vigiada 24 horas por dia. Vai ainda dotar as instalações com equipamentos de detecção de intrusão com comunicação directa a uma central da GNR ou da PSP para, em tempo real, as autoridades terem conhecimento dos furtos e actuarem de imediato.O presidente da direcção da PSAT, António Chaleira, lembrou que “não se deve analisar apenas a quantidade de materiais furtados, mas a dimensão dos danos nas infra-estruturas que estão associados ao fornecimento de um serviço público e à segurança das pessoas”. Com esta parceria, iniciada a 1 de Janeiro de 2015, o presidente da Águas do Ribatejo, Francisco Oliveira, espera que “os amigos do alheio fiquem mais desmotivados para fazerem estes assaltos” que podem colocar em causa o abastecimento de água aos cerca de 150 mil utilizadores nos concelhos de Almeirim, Alpiarça, Benavente, Coruche, Chamusca, Salvaterra de Magos e Torres Novas.“A partilha de competências, conhecimentos e processos são uma mais-valia para melhorar a protecção dos nossos activos”, salientou António Chaleira, partilhando a convicção de que a parceria com a Águas do Ribatejo tornará “a PSAT mais forte e mais capaz para dar resultados a todas as empresas associadas”.Em 2015, a PSAT pretende desenvolver uma acção de formação no sentido da preservação das provas deixadas pelos autores dos furtos, implementar um sistema de registo de todas as ocorrências a nível nacional e criar um conselho consultivo composto por entidades como a Associação Nacional dos Municípios, Associação Portuguesa dos Operadores de Gestão de Resíduos e Recicladores (APOGER) ou a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) que se irão associar à PSAT no sentido de a ajudar a definir o seu caminho e estratégia.Na assinatura do protocolo marcaram presença os presidentes dos municípios de Benavente, Coruche, Salvaterra de Magos e Torres Novas, a directora executiva da PSAT, Sónia Sanfona, o coronel Nuno Sanfona Paulino, do Comando Territorial da GNR, e representantes das empresas associadas fundadoras EDP Distribuição, PT Comunicações SA, Rede Ferroviária Nacional (REFER), EDP Renováveis Portugal SA, Empresa Pública de Águas Livres (EPAL) e REN - Redes Energéticas Nacionais.A PSAT é uma associação de direito privado e sem fins lucrativos criada a 13 de Fevereiro de 2011 com o objectivo de aumentar a segurança das pessoas, equipamentos e infra-estruturas e reduzir os índices de furtos e actos de vandalismo em espaços públicos.