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Grupo Columbófilo do Sobralinho com dívidas de milhares de euros

Grupo Columbófilo do Sobralinho com dívidas de milhares de euros

Actuais dirigentes querem reduzir os números drasticamente até ao final do ano

Álvaro Fonseca tem sido o “faz tudo” da casa desde que tomou posse: gere as contas, abre a porta aos sócios, cobra as quotas na rua e ainda negoceia os planos de pagamento com os credores. O objectivo é chegar ao final do ano com as contas próximas da estabilidade.

As contas do Grupo Columbófilo do Sobralinho (GCS) não estão famosas e só com muito empenho, gestão ao cêntimo e muito “jogo de cintura” com os credores tem sido possível à actual direcção conseguir dar a volta a um cenário de dívidas pesadas.Dos mais de seis mil euros de dívida que os dirigentes herdaram, já só três mil euros estão por pagar. É crença dos dirigentes que vão conseguir chegar ao final do ano com pouco mais de mil euros em falta. O presidente da direcção, eleito em Novembro de 2013, afastou-se do cargo alegando motivos de saúde e tem sido Álvaro Fonseca, tesoureiro, que tem gerido o rumo da associação até às próximas eleições, que devem ocorrer no final deste ano. Também ele foi surpreendido com o dinheiro que estava por pagar, entre facturas de televisão e fornecedores de café.Com 62 anos, Álvaro Fonseca tem sido o “faz tudo” da casa: gere, abre a porta aos sócios, cobra as quotas e negoceia os planos de pagamentos. Para conseguir ter alguma receita alugou um bar na sede da associação, o que lhe tem permitido regularizar as contas.“Neste momento já se consegue respirar um pouco, vamos pagando à medida das nossas possibilidades. Quando tomei posse o saldo da casa era de 134 euros. Queremos liquidar o máximo possível até ao final do ano, com uma gestão muito rigorosa. Penso que vai ser possível”, diz o responsável da colectividade a O MIRANTE. O Grupo Columbófilo do Sobralinho não recebe qualquer apoio do município e foi fundado a 15 de Agosto de 1949. Tem hoje 98 sócios com as quotas em dia e mais de dezena e meia de praticantes nas modalidades de velocidade, fundo e meio-fundo. O nome do GCS é conhecido na região, depois de vários atletas já se terem sagrado campeões distritais. “A minha paixão pelos pombos apareceu quando tinha uns 13 anos, esta zona é muito rica, até lhe chamavam a catedral da columbofilia”, recorda. Álvaro já não tem pombos e dedica-se a ajudar a criar os do irmão, que são mais de 70. O dirigente reconhece que o clube já não tem o fulgor de outros tempos e que isso se deve ao envelhecimento da sua massa associativa. “Os nossos sócios são idosos, muitos já faleceram, outros devido à crise não conseguem pagar as quotas de seis euros por ano. Para quem tem pouco isso já faz a diferença”, lamenta.
Grupo Columbófilo do Sobralinho com dívidas de milhares de euros

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