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O empresário que foi jogador internacional de andebol

João Gabriel está à frente da empresa Gravymedal há cerca de três décadas

Os seus dias de trabalho são divididos entre Lisboa e o Cartaxo. Trabalha todo o dia mas como faz o que gosta, diz, nem nota as horas passarem. Até porque considera que o importante é fazer aquilo que se gosta. “Quando isso acontece estamos condenados a ter sucesso”, diz.

Ana Isabel BorregoJoão Gabriel tem 53 anos mas continua a fazer aquilo que lhe dá mais prazer: praticar andebol. É considerado o bisavô da equipa dos 20 km de Almeirim, onde ainda joga. Uma actividade que mantém para matar saudades da paixão que tem desde criança pela modalidade. Na sua actividade empresarial é sócio-gerente, em conjunto com a esposa, da Gravymedal, empresa que cria e vende taças, medalhas, prémios, estampagem de camisolas, entre outros serviços.João Gabriel nasceu em Lisboa mas vive no Cartaxo há cerca de 15 anos. Desejava sair de Lisboa porque estava farto da agitação da capital e queria viver num local onde houvesse qualidade de vida. A escolha pelo Ribatejo surgiu por acaso. Ainda andou com a família a ver casas na zona Oeste mas como a família da esposa é de Vila Chã de Ourique e iam lá pontualmente surgiu uma oportunidade de comprar o terreno onde funciona hoje a empresa, na Zona Industrial do Cartaxo. “Foi a melhor opção que tomámos. A empresa precisava de crescer porque tínhamos adquirido equipamento e este espaço foi o ideal”, afirma a O MIRANTE.A Gravymedal é uma empresa familiar, constituída em 1927. O seu pai não foi o fundador mas adquiriu-a e iniciou o negócio. João Gabriel começou a trabalhar nela na década de 80 do século passado. Antes disso, ainda trabalhou numa fábrica de lingerie e esteve com o pai noutra empresa do ramo alimentar. Depois disso começou a dar os primeiros passos na Gravymedal. O início da sua vida desportista no andebol cruzou-se com a empresa do pai, arranjando-lhe alguns clientes. Como nas provas de andebol precisavam de medalhas e taças, os dirigentes e organizadores das provas recorriam à Gravymedal.A empresa tem uma loja em Lisboa, com três funcionários, e o espaço no Cartaxo, onde trabalham dez pessoas. Abrangem cinco áreas de negócio que se complementam: prémios, sinalética, gravação e a parte de merchandising. O intuito da empresa é alargar a oferta dos seus serviços vendendo o produto directamente ao consumidor. “Estamos a criar uma rede comercial que permita divulgar os nossos serviços directamente ao cliente uma vez que mais de metade dos nossos serviços são para revenda”, explica o empresário. Os principais clientes são instituições, federações, associações, clubes, câmaras municipais, juntas de freguesia, agências de publicidade e empresas organizadoras de eventos. Têm clientes de todo o país, embora o grosso esteja na região de Lisboa, uma vez que foi lá que começaram a actividade. Começaram a explorar o mercado internacional e já fizeram negócios em Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Espanha.Nos tempos livres continua a jogar andebol porque não consegue desligar-se completamente da modalidade, onde jogou a nível profissional. Foi atleta do Sporting e Belenenses e também da selecção nacional. Os vários títulos desportivos não lhe tiram a humildade que o caracteriza. Em determinada altura viu-se confrontado com a escolha de seguir os estudos ou o desporto. Ainda frequentou o curso complementar de electrotecnia mas não o completou devido à competição desportiva. “Nessa altura tive que participar numa Taça Latina e num Campeonato do Mundo, o que não me permitiu frequentar as aulas. Ganhava três vezes mais a fazer aquilo que gostava, jogar andebol, do que a trabalhar por isso optei pelo desporto. Deixei a actividade desportiva a nível profissional quando comecei a trabalhar na empresa”, conta, acrescentando que passou a jogar em equipas mais pequenas que treinavam apenas três vezes por semana, o que lhe permitia conciliar trabalho com desporto.Os seus dias de trabalho são divididos entre Lisboa e o Cartaxo. São dias agitados mas João Gabriel prefere que seja assim. Gosta do imprevisível. Trabalha todo o dia mas como faz o que gosta, diz, nem nota as horas passarem. Considera que o importante é fazer aquilo que se gosta. “Quando isso acontece estamos condenados a ter sucesso”, conclui com um sorriso.

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