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Oposição critica “posição extremada” de Luís de Sousa sobre centro do tomate

Oposição critica “posição extremada” de Luís de Sousa sobre centro do tomate

Vereadores dizem que as críticas do presidente da Câmara de Azambuja foram demasiado duras
A oposição no executivo da Câmara da Azambuja não gostou das duras críticas feitas pelo presidente Luís de Sousa (PS) à Associação dos Industriais do Tomate, devido o facto do Centro de Competências para o Sector do Tomate (CCT) ter sido instalado no Cartaxo em vez da Azambuja.Os eleitos lamentaram a “posição extremada” do autarca e não se identificaram com a associação que fez entre políticos e mentirosos. Maria João Canilho, eleita da Coligação Pelo Futuro da Nossa Terra, notou que as declarações do autarca “não dignificaram” os eleitos de Azambuja. “Se disse que político é o senhor e não mente tanto, então é porque mesmo assim mente. Gostava que a classe política ganhasse outra dignidade. Não é com vinagre que se apanham moscas. Estas posições extremadas podem comprometer a instalação de futuros gabinetes”, criticou.O colega da coligação liderada pelo PSD, António Jorge Lopes, lembrou que a câmara “não deve ter expressões e atitudes” que ultrapassam “a razoabilidade” e considera não ter sido inteligente chamar “aldrabões a parceiros privados com quem estávamos interessados em trabalhar”. Jorge Lopes diz mesmo que Luís de Sousa “perdeu a razão” ao ter falado da forma irada como o fez. David Mendes, da CDU, considerou “lamentável” que a indústria do tomate ande, “de concelho em concelho, com a mão estendida, a pedir apoio”. Notou que é “incompreensível” que o centro não fique no concelho. Recorde-se que, na última semana, o presidente da Câmara da Azambuja exigiu um pedido de desculpas à Associação dos Industriais do Tomate devido ao facto do Centro de Competências para o Sector do Tomate não ter sido instalado no seu concelho.O autarca disse ter existido um pré-compromisso de instalação daquele centro no concelho da Azambuja e que a decisão de o instalar no vizinho concelho do Cartaxo foi “um erro muito grave”, numa atitude que “não se faz a ninguém” e classificou todo o processo de instalação do centro como tendo sido “uma aldrabice”. “Foi desonesto. Político sou eu e não sou tão mentiroso como estes senhores foram”, criticou a O MIRANTE.O secretário-geral da associação, Miguel Cambezes, explicou que “nunca houve nenhum compromisso assumido” com Azambuja e recusou entrar no que classificou serem “discussões políticas”. Disse que a associação fez várias abordagens com municípios ligados à área do tomate e que “todas as circunstâncias” foram ponderadas. O centro, recorde-se, resulta de uma parceria entre a Associação dos Industriais do Tomate, o Ministério da Agricultura e a Confederação dos Agricultores de Portugal. Tem dois objectivos: aumentar a produtividade da cultura de tomate para a indústria e promover uma estratégia de investigação que privilegie, para além do aumento de produção, o valor nutricional do fruto e dos produtos transformados.
Oposição critica “posição extremada” de Luís de Sousa sobre centro do tomate

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