Já perdi noites de sono a pensar como resolver determinado problema. Um empresário tem que levar os assuntos consigo para casa. Não os pode deixar no escritório e desligar. Estamos com os projectos 24 horas por dia. Quem está no mundo dos negócios tem que ter paixão mas também racionalidade. Já entrei em projectos que não funcionaram e a vida continua. Temos de viver com isso e investir noutras áreas para compensar. Temos de ter as duas coisas quando se gere um negócio. Gerir ao cêntimo é importante mas é preciso também ser um pouco emocional e saber adaptar os nossos preços às dificuldades que as pessoas estão a atravessar. Tento sempre praticar valores justos. Temos encontrado sempre formas de dar a volta às adversidades. Embora já não estando no tempo das vacas gordas temos conseguido evoluir embora devagar. Desde que haja motivação consegue-se fazer tudo. Temos é de estar bem connosco próprios.A crise ainda não passou mas as pessoas já estão habituadas a viver assim. No início foi mais difícil. Hoje em dia os cortes continuam mas de forma mais leve. E o Governo está a comunicar de uma forma que faz com que as pessoas aceitem melhor o que se passa. Mas temos cada vez menos dinheiro e as empresas enfrentam uma fiscalidade cada vez maior. Sou de Alverca e gosto de Alverca porque há bairrismo e as pessoas conhecem-se umas às outras. Aqui não é como em Lisboa em que cada um está na sua. Vi a cidade crescer muito mas acho que continua a ser um local com qualidade de vida. E há bairrismo. Gosto muito de desporto. A minha formação é em educação física e sou fã de futebol, trabalhei muitos anos no Futebol Clube de Alverca. Quando está a dar desporto na televisão gosto de me sentar no sofá a ver, seja rally ou golfe. Acima de tudo gosto de ver qualidade. Se estiver a dar um jogo da primeira liga de futebol que está a ser fraco prefiro ver o rally. O feito mais radical que fiz na vida foi descer rios e cascatas em rapel. Nesta altura estou num projecto que me está a ocupar muito tempo, o torneio Futmania Oeste, que se vai realizar em Torres Vedras entre os dias 24 e 28 de Junho. Gosto de estar no meio da natureza.Vivo o momento e nunca faço planos a longo prazo. Muitas vezes digo que há coisas que não gosto de fazer e depois acabo a fazê-las, por isso prefiro não traçar planos. Já dei aulas, fui treinador, e foi sempre o que quis fazer. Hoje sinto-me satisfeito por estar a fazer o que faço. Gosto de viver o dia, estar com os amigos em minha casa ou na casa dos amigos, em família. Os bons amigos são como família. E estamos sempre com a casa cheia. É com os amigos e a família que esqueço o trabalho. Estou sempre bem acompanhado.Cada vez mais olhamos com respeito para as medicinas alternativas. Há mais acesso à informação por parte das pessoas e estão mais abertas a experimentar. Há situações em que não há possibilidade de tratamento sem ser pela via convencional. Nessas situações pode haver um acompanhamento e uma coordenação que conjugue as duas terapias. Mas há situações em que se resolve claramente e facilmente os problemas com as terapias alternativas. A grande vantagem são os terapeutas, que dão mais atenção às pessoas e elas se sentem mais acompanhadas. Filipe Matias