
Campeões nacionais de danças de salão são do concelho de Vila Franca de Xira
Luís Mateus e Catarina Bernardo praticam a modalidade no Centro Social para o Desenvolvimento do Sobralinho
Os novos campeões nacionais de danças de salão são do concelho de Vila Franca de Xira e sonham levar ainda mais longe o gosto pela modalidade. Luís Mateus, de 16 anos e Catarina Bernardo, de 15, sagraram-se campeões no início do ano frente a duas dezenas de pares de todo o país, defendendo as cores do Centro Social para o Desenvolvimento do Sobralinho. A vitória foi fruto de anos de trabalho. Sacrificaram tempo com os amigos e com a família para alcançarem o sonho que, dizem agora, é para continuar a alimentar. O par quer viver da dança mas admite prosseguir estudos caso o sonho não se concretize. Ela é da Castanheira do Ribatejo e entrou na dança por culpa da avó, de 72 anos que ainda continua a dançar, embora de forma recreativa. Ele é do Sobralinho e confessa que quando começou era um “pés de chumbo”. “Na altura os meus pais trouxeram-me para a dança apenas à experiência. Não sabia mexer-me e pensava que isto era uma coisa de raparigas mas enganei-me. É uma modalidade muito técnica e desafiante e comecei a gostar”, recorda Luís Mateus. A boa coordenação entre ambos e a forma como lidam com os nervos antes da competição são os segredos da dupla. “Se um de nós não estiver ao melhor nível o outro acaba prejudicado. Um par equilibrado é mais bonito de ver do que um par não equilibrado”, explica Luís. Nos poucos tempos livres que tem, o dançarino gosta de jogar futebol e snooker com os amigos. Catarina é uma lutadora e alcançou a vitória nacional logo no segundo ano na modalidade. “Adoro competir, dançar, ir para o pavilhão e mostrar o que sei fazer. Nunca pensámos em ser campeões, é sempre uma surpresa. Há muito trabalho intenso nos treinos que muita gente não conhece”, conta a jovem que tem como referências na dança o par Pedro Eugénio e Carla Silva.A secção de dança do Centro Social para o Desenvolvimento do Sobralinho tem perto de três centenas de praticantes. Luís Gonçalves é o coordenador da parte desportiva da associação e Fábio Trindade o treinador de dança. “Hoje em dia só se pensa no futebol e é muito difícil quando se pede um cêntimo para a dança. Esta modalidade além de ser vista como um desporto acaba por ser também uma arte. Era muito importante que as juntas de freguesia e a câmara começassem a apoiar esta modalidade”, refere Fábio Trindade.Para o treinador o futuro passa por captar novos interessados em praticar a dança. “Os portugueses adoram dançar mas ainda sentimos muitas carências de atletas. Acredito que a maioria das pessoas que não pratica a modalidade é por causa de dificuldades financeiras”, refere, lamentando não haver no concelho mais eventos de dança.

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