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Jogadores que ficam no banco sofrem a dobrar

Jogadores que ficam no banco sofrem a dobrar

Foram 90 minutos de muitos nervos para ambas as formações. Do lado do Benfica do Ribatejo, o presidente da Câmara de Almeirim, Pedro Ribeiro, assistia atentamente ao desenrolar do jogo. Mas quem sofre mesmo por não poder estar dentro das quatro linhas são os jogadores suplentes, que do banco gritam, pulam, roem as unhas e esbracejam. “Se olhar para aquela bancada vê as pessoas da nossa terra a gritar por nós e têm orgulho na nossa equipa. É por elas que vestimos a camisola por amor”, refere Marlon Lopes, 22 anos, jogador do Amoreira, acrescentando que o que mais o motiva é a amizade que une os colegas de equipa dentro e fora do campo. “Cá fora queremos é entrar lá para dentro e resolver a partida”, confessa.Guilherme Oliveira, médio centro do Benfica do Ribatejo, joga por amor à camisola, pelo “amor ao futebol e às pessoas da terra”. Operador de armazém na fábrica da Sumol+Compal, o jogador de 26 anos atesta que o futebol é um passatempo que mantém há 10 anos e que o ajuda a fazer novos amigos. “Quem está no banco sofre mais do que quem está lá dentro porque aqui estamos a ver tudo”, atesta. Hélder Santos, 30 anos, operador de máquinas elevatórias também na Sumol+Compal, é extremo avançado da formação do clube do concelho de Almeirim. “O que me faz jogar são os amigos, o gosto pelo desporto que mantenho desde os sete anos e o desejo de ganhar. Quem está no banco sofre a dobrar. Os nervos são maiores do que estando lá dentro”, atesta. Já o ucraniano Oleh Stepanyuk que está há uma época na equipa refere que gosta de passar o seu tempo a jogar futebol, admitindo que também sofre muito quando não joga.O administrativo Nuno Forte é lateral direito do Amoreira. Tem 36 anos e está no futebol porque se sente como se integrasse uma família. “Aqui no banco sofre-se mais mas temos que estar preparados para estar em ambos os lados”, refere, acrescentando que todas as equipas que jogam, seja na primeira divisão seja no INATEL, “jogam para ganhar”.
Jogadores que ficam no banco sofrem a dobrar

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