A cumplicidade da Natividade e do Henrique
É no banco de uma das igrejas do Sardoal que a avó Natividade, de 72 anos, e o neto Henrique, de nove anos, partilham as vivências de duas gerações distintas. O Henrique, natural de Algueirão, foi passar a Páscoa com a avó, nascida e criada no Sardoal. Viúva, cega de um olho e com pouca saúde diz, de forma optimista, que na vida nunca se pode desistir e, por isso, com todas as dificuldades e limitações, ainda arranja força para percorrer as ruas do Sardoal a visitar as igrejas e a arte sacra que o neto tanto aprecia. Aluno da classe de violino no Conservatório de Música de Sintra, Henrique foi até ao Sardoal dar melodia e alma à vida da avó que dedica o tempo à igreja e à horta que tem no fundo do quintal. A autenticidade e ingenuidade de Henrique confere-lhe um cunho próprio e singular que o distingue da maioria das crianças viciadas nas novas tecnologias e num mundo virtual, que não conhece o poder dos sentimentos e a magia da cumplicidade entre uma avó e um neto.
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