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Professora e comerciante de Samora Correia distinguidos pelo seu amor à terra

Professora e comerciante de Samora Correia distinguidos pelo seu amor à terra

Gala dos 505 anos do foral da cidade comemorados numa sala pequena para tanto público. Maria Clara Bettencourt e Claudino Serrano foram as estrelas da noite.

Maria Clara Bettencourt e Claudino Serrano foram os reis da gala comemorativa dos 505 anos do Foral de Samora Correia, realizada sábado, 11 de Abril, num Centro Cultural completamente cheio, com muitos a ficarem em pé durante as cerca de quatro horas do espectáculo.Tanto a professora como o comerciante local foram distinguidos com a Medalha do Foral, sendo o ponto alto de uma festa onde a comédia, música, dança e sátira, muita sátira social, marcaram o ritmo de uma cerimónia a que não faltou o presidente da Câmara de Benavente e quase todo o executivo, bem como vários presidentes de junta.A professora Maria Clara Bettencourt, pela sua dedicação e empenho na causa do ensino, e o comerciante Claudino Serrano, comerciante local com mais de 60 anos de actividade contínua, subiram ao palco para receber os respectivos prémios das mãos do presidente da junta local, Hélio Justino.A O MIRANTE, ambos se confessaram honrados com as distinções recebidas. “Estou extremamente agradecido e satisfeito com este prémio. Ainda por cima, por uma coisa que faço, todos os dias, com muito gosto”, explicou Claudino Serrano, dono da “loja onde há de tudo”, como gosta de dizer, a Drogaria Serrano. “Já levo 120 anos de serviço”, brincou, para ilustrar a dedicação que, ao longo de 49 dos 67 anos que leva de vida, coloca diariamente, durante 16 horas, na manutenção do seu negócio, dedicando o prémio a sua mulher, “o meu pilar”, concluiu.Visivelmente emocionada na hora de receber o galardão, Maria Clara Bettencourt teve de deixar de lado o discurso escrito e improvisar, pois as lágrimas não lhe permitiram ler. “É uma emoção e uma surpresa muito grande. Vivi sempre uma vida pacata e natural e não esperava isto”, confessou a professora, que esteve 32 anos a leccionar na terra e que não esquece a primeira visita de estudo. “Levámos 40 rapazes ao Jardim Zoológico. Houve um que se atrasou mais porque ficou à espera do troco da moedinha que se dava ao elefante”, recorda, entre risos.A Gala, conduzida pelo actor Joaquim Salvador, que contou com a ajuda de, entre outros, a actriz Sylvie Dias, englobou ainda uma sentida homenagem a Rogério Pernes, ex-presidente da Junta de Freguesia de Samora Correia e personalidade de destaque em várias áreas na vida da freguesia.Foram muitos os momentos musicais ao longo da gala, com destaque para a presença do fandango, ranchos etnográficos, grupos de percussão com objectos do dia a dia como latas de tinta e panelas, mas o destaque vai para a sátira de Joaquim Salvador. Críticas à proliferação de lojas chinesas, desemprego, à actuação do governo e uma particular atenção à vereadora Ana Carla Gonçalves, alvo de piropos constantes, nortearam os vários monólogos do mestre de cerimónias da Gala.
Professora e comerciante de Samora Correia distinguidos pelo seu amor à terra

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