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Imponente Serafim das Neves

Acho que te precipitaste ao criticares a ausência dos autarcas de Santarém na abertura da exposição sobre Salgueiro Maia organizada pelo município. Os nossos políticos são pessoas discretas e devem ter escolhido outra altura para passar por lá a fim de prestarem homenagem ao herói do 25 de Abril de uma forma recatada e sem serem apertados pela multidão. É como ir a Fátima, por exemplo. Há quem vá a 13 de Maio e há quem vá em dias mais calmos para usufruir à vontade toda a largueza do Santuário.Aqui há uns anos eu também ficava admirado por nunca ver autarcas nas iniciativas culturais organizadas por eles. Ficava surpreendido por nunca os ver em espectáculos altamente culturais que eles contratavam. Concertos, peças de teatro, ballet...depois pus-me a pensar, a pensar, a pensar e cheguei à conclusão que essa atitude é meramente altruísta. Eles não querem roubar o lugar a ninguém. Mesmo gostando muito dos artistas preferem ficar de fora, para permitir a entrada do povo.Quereres castigar tais beneméritos enviando-os para Alpiarça, lugar na terra onde, como bem lembras, a democracia não chegou, de acordo com informação abalizada do vereador do Todos por Alpiarça, Francisco Cunha, é extremamente injusto e desumano. Vê lá se a presidente da câmara de Tomar, Anabela Freitas, cujo companheiro é funcionário municipal em Alpiarça, não o retirou logo de lá pondo-o como chefe do seu gabinete? Põe os olhinhos naquela caridosa e misericórdia alma que prefere aturar todos os disparates do Luís Ferreira do que expô-lo às radiações do nefasto vereador da oposição.Acho que andas demasiado céptico. Duvidares das informações do Francisco Cunha sobre a inexistência de democracia em Alpiarça é ir longe demais, tens que reconhecer. Lá por o senhor não sofrer represálias por parte da ditadura bolchevique que o atormenta não quer dizer que ele não ande atormentado. Eu quase que apostava que ele acorda a meio da noite a sonhar que está na Sibéria guardado à vista por um carcereiro parecido com o presidente da câmara Mário Pereira. A guerra psicológica tem um efeito devastador, Serafim!Também concordo contigo quando dizes que as rábulas dos grupos de teatro de Vila Franca de Xira por causa dos subsídios davam enchentes de público. Infelizmente aquele pessoal só pensa em Shakespeare e coisas assim. Eles que ponham os olhinhos na teatralidade das comunidades ciganas quando se trata de pedir uma casinha ao senhor presidente da câmara, por exemplo. Fazer um choradinho daqueles não é para qualquer amador. Aquilo é coisa de profissionais. Infelizmente nem todos os autarcas são sensíveis à nobre arte de representar. O presidente de Almeirim em vez de lhes atirar tomates como se fazia antigamente aos actores medíocres, atira-lhes as barracas abaixo. com os tarecos lá dentro e tudo. Aquilo encanzina a maralha. Gera comunicados indignados do Bloco de Esquerda sobre o direito constitucional à habitação. Por este andar as barraquitas acabam no Tribunal Constitucional, com cães, gatos, galinhas e patos.Aqui há tempos li uma entrevista do presidente da câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves em que ele dizia que o seu antecessor, o detective Moita Flores era como os eucaliptos e que secava tudo à sua volta. A acusação veio-me à memória quando morreram aqueles peixes todos no açude de Abrantes, devido à falta de água. Tu queres ver que o homem ainda vai ser responsabilizado pela matança da Páscoa, quer dizer...pela matança dos peixes na Sexta-feira Santa? Ele há cada uma! Saudações pesqueiras doManuel Serra d’Aire

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