Lamento que Carlos Silva, secretário-geral da UGT, tenha dito no dia 11 de Abril, no Cartaxo, que a sua central sindical prefere emprego precário a desemprego. Uma coisa é um trabalhador ter que aceitar essa situação mas uma central sindical tem obrigação de combater tais práticas. E as entidades patronais quando é que vão aprender a fazer contas. Um trabalhador precário é muito bom porque pode ser descartado a qualquer momento e fica mais barato mas é evidente que a empresa que contrata nesses moldes nunca irá ter um trabalhador cem por cento empenhado. Em vez de ter uma equipa ,o empresário passa a ter um grupo dividido que faz os mínimos. Sei que em alguns países há muito trabalho precário mas em Portugal acho que ainda não estamos preparados para ser eficientes com trabalhadores à hora que não conhecem as empresas para quem trabalham e para os quais é indiferente se as mesmas têm ou não sucesso.João Carlos M. Fernandes