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Um autarca restaurador de arte que tem fama de bem disposto

Presidente da Câmara Municipal da Chamusca - Paulo Queimado (PS)
O presidente da Câmara da Chamusca, Paulo Queimado (PS) é um homem bem disposto por natureza, embora nem sempre as preocupações com a gestão municipal lhe permitam manifestar essa faceta. É sabido que a sua primeira medida foi estabelecer a proibição de se fumar no edifício dos paços do concelho, apesar de ele próprio ser fumador.Começou nas lides políticas em 2005, quando integrou as listas do PS à câmara em lugar não elegível. Em 2009 voltou a integrar as listas e foi eleito vereador, passando quatro anos na oposição. Em 2013 foi eleito presidente com maioria relativa. Um percurso curto que o leva a dizer que em termos políticos ainda está muito verde.Paulo Queimado, nascido a 13 de Março de 1975, tem uma empresa de conservação e restauro mas agora está a tempo inteiro na câmara. O pai, com quem deu os primeiros passos, continua na arte do restauro e é quem está a gerir a empresa. O sogro também é empresário na vila explorando o conhecido restaurante Poiso do Besouro. Ao nível da comida é uma boa boca e confessa que come tudo menos ananás.Quando andava na escola primária, depois das aulas, Paulo Queimado entretinha-se na oficina do pai. Fabricava pequenos brinquedos e ia aprendendo a usar as ferramentas. Anos mais tarde tirou o curso de restauro do Instituto Politécnico de Tomar que considera um bom curso por ter uma componente prática muito boa. Foi na qualidade de restaurador que o presidente da câmara restaurou algum do património do concelho, nomeadamente em igrejas. Foi jogador de basquetebol da União da Chamusca e chegou a defrontar os actuais presidentes das câmaras de Almeirim e Cartaxo, que jogavam na equipa dos Bombeiros Voluntários de Almeirim. Há algum tempo que o principal exercício que faz é assinar papéis, andar em reuniões e gerir. É um amante da fotografia e é ele que tira muitas das fotos que aparecem no boletim municipal. Tem como passatempo a pintura, sobretudo aguarela, e já fez exposições dos seus trabalhos.Continua a reunir com o ex-presidente porque, diz, não gosta só de saber o que está nos papéis. “Há vida para além dos papéis”. Considera Sérgio Carrinho um excelente contador de histórias e não se cansa de o ouvir. Começou a aprender guitarra portuguesa e diz que não se atrapalha a tocar. No futebol simpatiza com o Benfica mas o desporto que menos gosta é de futebol. Quando se reúne com os amigos para ver jogos é ele que fica a fazer o petisco de costas para a televisão.Entre a charneca e a lezíriaCom cerca de 11.500 habitantes e uma área de 746 Km2, o que faz deste município o segundo maior concelho da sub-região da Lezíria do Tejo, a Chamusca é composta por cinco freguesias: Ulme, Vale de Cavalos, Parreira, Chouto, Chamusca/Pinheiro Grande e Carregueira.Da sua extensa rede viária, destaque para as duas estradas nacionais, EN118 e EN243, e o percurso de cerca de 47 Km de vias urbanas, 92 Km de estradas municipais, 41 Km de caminhos municipais e uma rede de cerca de 300 Km de vias a classificar no seu considerável território.É aqui que o Tejo se alarga e começam as grandes lezírias, logo a seguir à ponte da geração de Eiffel que liga ao vizinho concelho de Golegã. Plantada entre a charneca e a lezíria, na margem esquerda do Tejo, a Chamusca tem campos muito férteis onde se cria gado e ainda grande produção de arroz e milho.Mas a aposta forte da autarquia é no sector ambiental. Uma eco-indústria que está a trazer novas empresas e a criar emprego especializado no Parque Industrial do Relvão, permitindo também a fixação de gente que atenue ou inverta a tendência demográfica das últimas décadas, em que o concelho perdeu muita população.Quanto às origens, corria o ano de 1449 quando, sob regência de D. Afonso V, as terras de Chamusca e Ulme são doadas a D. Ruy Gomes da Silva, que por essa ocasião aqui fixa a sua residência. A Chamusca, era inicialmente integrada no termo de Santarém, sendo mais tarde elevada a vila e sede de concelho, juntamente com Ulme, por alvará de 1561, na regência de D. Catarina.Devido à sua extensão, o concelho, situado na margem sul do Tejo, faz fronteira com um número vasto de municípios, desde Ponte de Sôr (distrito de Portalegre) a Coruche, Almeirim ou Golegã. A Semana da Ascensão é uma das manifestações mais emblemáticas do calendário festivo do Ribatejo.* Informações disponibilizadas no site da câmara municipal www.cm-chamusca.pt

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