uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Um director comercial viciado em trabalho

Um director comercial viciado em trabalho

Filipe Martins está à frente da Remax Vantagem 6 em Santarém há dois anos

Trabalha na área da mediação imobiliária há cerca de oito anos mas antes disso teve os seus próprios negócios. Empreendedor por natureza, não tem feitio para estar parado.

Filipe Martins é aquilo a que se chama um “workaholic” (viciado em trabalho). Natural de Vila Chã de Ourique, concelho do Cartaxo, é director comercial da Remax Vantagem 6, no centro de Santarém, há cerca de dois anos, pouco depois da loja ter aberto. Foi convidado para pegar nessa loja e dar-lhe um novo impulso. Uma tarefa que tem conseguido desempenhar com sucesso. Trabalha na área da mediação imobiliária há cerca de oito anos mas antes disso teve os seus próprios negócios. Empreendedor por natureza, não tem feitio para estar parado.Entrou na universidade para se licenciar em arquitectura mas deixou o curso a meio. Estudava à noite e durante o dia trabalhava numa empresa de construção civil, na parte de medições e orçamentos. O trabalho servia para obter maiores rendimentos financeiros. Como não estava satisfeito decidiu abrir um snack-bar, chamado “Tertúlia”, na sua terra natal, e que durou seis anos. Apesar do projecto ter sido um sucesso, alugou o espaço a outra pessoa quando percebeu que trabalhar na área da restauração era uma “prisão” que o obrigava a estar sempre no mesmo local.Nessa altura foi viver para Vila Franca de Xira e abriu uma papelaria. Dois anos depois optou por fechar a loja e foi à procura de emprego. Confessa, com orgulho, que nunca esteve um dia desempregado. Viu um anúncio num jornal que pedia comerciais para uma empresa de mediação imobiliária e no dia seguinte tinha sido contratado. “Uma das minhas tarefas é entrevistar pessoas que andam à procura de trabalho e faz-me um bocado de confusão quando dizem que não aceitam porque estão à espera de resposta de outro lado. Não existem empregos de sonho e temos que agarrar as oportunidades que nos surgem”, afirma, acrescentando que também trabalhou num grupo de investimento, da área de Lisboa, que se dedica à compra e venda de casas.Antes de chegar a Santarém, trabalhou na zona Oeste e na área metropolitana de Lisboa. Ambicioso, refere que é na capital do país que estão as grandes oportunidades de negócio. A concorrência, diz, estimula a capacidade de trabalho e por isso é “muito” positiva. Admite que o seu início de carreira na área do imobiliário não foi fácil e que teve que se adaptar, mas quem está nesta actividade tem que querer muito e gostar do que faz. É isso que diz aos seus 25 funcionários que trabalham na filial de Santarém. Filipe Martins faz um balanço positivo dos dois anos à frente da Remax Vantagem 6. “Tem sido cansativo mas ao mesmo tempo compensador. Nada se faz sem muito trabalho e quando os resultados aparecem todo o esforço vale a pena”, realça.Aos 42 anos, o director comercial diz que aproveita sempre todas as oportunidades e dedica-se a mais de 100 por cento ao trabalho. Concorda que as imobiliárias foram um dos sectores mais afectados pela crise mas nunca lhe faltou trabalho e agora o negócio está a melhorar bastante. “Durante a crise profunda arrendou-se mais mas também se fez mais negócios, sobretudo de rendas. As pessoas que se viram obrigadas a entregar as suas casas ao banco tiveram que arrendar outra para viver, por isso esse negócio aumentou”, explica, acrescentando que o pior já passou e que os bancos já começam a emprestar novamente dinheiro, embora não seja como antigamente.A compra de casas continua a ser a maior franja de negócio em Santarém. No entanto, os clientes querem moradias mas estas não existem no planalto. “Quem não é de Santarém considera que fora do planalto já não é Santarém e gostavam de adquirir uma moradia aí, mas nesse local não existe oferta”, sublinha. Outra zona considerada “problemática” em Santarém e que a imobiliária não tem investido é no centro histórico. Fizeram dois ou três negócios mas é raro porque as pessoas não têm interesse em comprar, porque existe a agravante de ser necessário recuperar a casa, o que encarece o investimento do comprador.Os poucos tempos livres que tem são dedicados aos filhos, João, de 15 anos, e Ana, de seis anos. A loja está aberta de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 20h00, mas o seu telemóvel está disponível a qualquer hora do dia e da semana. Ou não fosse Filipe Martins um viciado e apaixonado pelo seu trabalho.
Um director comercial viciado em trabalho

Mais Notícias

    A carregar...