O alverquense Cristiano Parreiro foi alvo de uma saudação especial por parte da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira na última reunião do executivo. O guarda-redes de futsal do Sporting e da selecção nacional viu assim premiado o seu papel na caminhada que o clube teve na UEFA Futsal Cup, onde os leões conquistaram o terceiro posto. A O MIRANTE o atleta mostra-se orgulhoso pelo reconhecimento dado ao seu trabalho. “É sempre bom. Já estou aqui há alguns anos e é sinal de que o trabalho que tenho feito tem sido valorizado. Sou de Alverca e sei que represento um pouco os ribatejanos”, afirmou.A viver em Alverca desde os dois anos, Cristiano continua a olhar para a cidade com um carinho especial e mesmo que tenha de, todos os dias, deslocar-se para Lisboa para treinos e jogos, nem lhe passa pela ideia sair da cidade ribatejana. “Sim, dá prazer viver em Alverca. Casei e ficámos por lá. A minha esposa é de Lisboa, mas fomos para lá. Estou lá desde a minha infância, gosto. Já se fala mais em cidade dormitório, mas cresceu bastante. Não estamos longe de Lisboa, é uma cidade boa e tranquila”, salienta.Ainda assim, nem tudo é positivo e como habitante atento que é, Cristiano deixa algumas sugestões para o que poderia ser melhorado. “Tinha lógica completar o passeio ribeirinho. Vai desde a Póvoa a Vila Franca, mas não há em Alverca. Devia aproveitar-se, porque é bom para correr, para passeios. Os espaços nocturnos, para diversão dos mais novos, poderiam ser mais. Para crianças há espaços verdes, mas devia haver cafés ou bares até, pelo menos, às 2h00, não obrigando as pessoas a ir para Lisboa”, afirma.Na sua área, a do desporto, o guardião, que chegou a jogar na Chasa, no Centro Popular de Cultura e Desporto da Póvoa de Santa Iria e depois no Forte da Casa, tudo depois de ter começado no futebol do Alverca, admite que as coisas não estão no melhor plano, mas começam a recuperar. “Caiu um pouco por causa da crise. Havia várias equipas ali em torno, Vila Franca, Forte da Casa, Póvoa. Mas sei, por colegas que treinam lá, que há apoio para as camadas jovens”, salienta.A nível pessoal, quase a fazer 36 anos e com o contrato com o Sporting a terminar no final da temporada, Cristiano ainda sente condições para continuar, mas é algo que só será discutido no final da temporada. Certo é que a termina como dono da baliza leonina, fruto da competência e da grave lesão do concorrente directo, João Benedito. Quando acabar, sabe que não quer ser treinador, a não ser de guarda-redes. “Sempre quis passar o meu conhecimento. Estive ligado à Academia do Sporting na Póvoa, onde treinava guarda-redes. Sempre que tenho tempo, gosto de dar um treino de baliza. Pode ser uma opção, quando acabar de jogar, quem sabe em Alverca”, afirma.Por ora, as atenções estão totalmente viradas para o que falta da época, a discussão dos play-offs do campeonato, o grande alvo da temporada para os leões, perdidas que foram a Taça de Portugal e UEFA Futsal Cup. “Fizemos uma boa prestação na UEFA, apesar de querermos ganhar o título. Agora vêm os play-off, temos mês e meio para ganhar o título, o grande objectivo da época. Agora não há tempo para errar e é ganhar e ganhar”, concluiu.