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Dívida da Câmara do Cartaxo diminui pela primeira vez em sete anos

Contas foram aprovadas por maioria em assembleia municipal
A dívida do Município do Cartaxo diminuiu pela primeira vez desde 2008, tendo o passivo baixado cerca de 790 mil euros em relação ao ano anterior, o que significa que a dívida estabilizou nos 46 milhões e 250 mil euros. A dívida de curto prazo baixou 11 milhões e 560 mil euros, dos quais dez milhões e 600 mil euros se devem a pagamentos através do PAEL (Plano de Apoio à Economia Local). A dívida ao Estado - Caixa Geral de Aposentações, ADSE e Segurança Social - baixou 31 por cento, o que representa um pagamento de 428 mil e 500 euros. As contas de 2014 foram apresentadas na última assembleia municipal, tendo sido aprovadas com 15 votos a favor (13 PS + 2 PVMPC), três abstenções (PVMPC) e cinco votos contra (PSD).O presidente da autarquia, Pedro Magalhães Ribeiro (PS), refere que baixar a dívida de curto prazo de cerca de 25 milhões para aproximadamente 14 milhões é uma descida de 45 por cento que se deve ao “esforço de contenção da despesa e à capacidade de resolver a grande confusão em que o processo PAEL foi deixado no anterior mandato”, frisa. Pedro Ribeiro reconhece que, quando tomou posse, encontrou o município do Cartaxo como um dos “mais endividados” do país. “Quando cheguei, em 2013, a situação era muito grave, havendo o risco de ruptura de pagamento de salários e de fornecimento de serviços essenciais. O pagamento a fornecedores, associações e freguesias tinha anos de atraso. Retenções dos descontos dos trabalhadores não tinham sido entregues à CGA, o que já tinha dado lugar a uma dívida com título executório na Autoridade Tributária, entre inúmeros processos de injunção e penhoras que chegavam todos os dias à câmara municipal”, explicou.O presidente explica que 2014 foi um ano de “imensas” dificuldades e “emergência” para o município do Cartaxo. Pedro Ribeiro explicou que os custos com pessoal baixaram mais de três por cento e pouparam mais de 31% em horas extraordinárias. Os custos com combustíveis diminuíram 11%, a electricidade baixou 26,5%, o consumo de água baixou 16%, as comunicações diminuíram 21% e a publicidade e propaganda teve um corte de 47%. “No total foi quase um milhão e meio de euros que pudemos redireccionar para serviços essenciais e pagamento de dívida”, sublinhou. Apesar das dificuldades económicas conseguiram concluir as obras que se encontravam suspensas há vários anos, como a beneficiação da Rua do Prioste e do Moinho Saloio, assim como da Estrada de Santana.O PSD justificou o seu voto contra por aquilo que considera ser o reconhecimento por parte da maioria socialista dos “desmandos” dos sucessivos executivos do PS e refere o facto de apenas 34,3% da receita global prevista - 26,3 milhões de euros contra os 76,7 milhões de euros orçamentados - ter sido concretizada, mostrando que o orçamento de 2014 “continuava empolado”.

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