Detidos suspeitos de assaltos a carrinha dos CTT em Abrantes
A Polícia Judiciária apanhou os suspeitos dos dois assaltos a uma carrinha dos Correios em Abrantes. Ao todo foram detidos cinco elementos pertencentes a dois grupos criminosos suspeitos de 40 roubos a carrinhas dos CTT em todo o país, que renderam cerca de um milhão de euros. Dos cinco elementos, três ficaram em prisão preventiva a aguardar julgamento. Os dois assaltos em Abrantes, no espaço de 10 meses, renderam cerca de 200 mil euros. Os assaltantes, nos dois casos, agrediram o funcionário que conduzia a carrinha. O assalto mais recente em Abrantes ocorreu no dia 7 de Maio e o primeiro em 8 de Julho de 2014. O funcionário agredido pelos assaltantes, José Gomes, carteiro de profissão há vários anos, não conseguiu ver o rosto dos ladrões devido aos capacetes que usavam. Em ambos os casos os suspeitos utilizaram uma moto. Nas duas ocasiões parte deste dinheiro destinava-se a ser distribuído por diversos postos dos CTT para o pagamento de reformas. Da primeira vez os homens simularam uma avaria na moto, na Rua Maestro Henrique Santos e Silva, uma via de sentido único, junto à Igreja de São João, e quando o motorista parou para lhes prestar auxílio, foi agredido e assaltado. Na segunda, por volta das 9h30 de 7 de Maio, os assaltantes mandaram parar a carrinha junto à estação, perto da Igreja de São João. Um dos assaltantes fugiu de mota enquanto o outro acabou por levar a carrinha que acabou abandonada a cerca de 300 metros do local num beco sem saída. Os homens, com idades entre os 31 e os 46 anos, foram detidos numa operação da Directoria do Norte da PJ, denominada “Express Money”, que permitiu concluir que “um elemento de um dos grupos tinha acesso, por razões profissionais e familiares, aos procedimentos adoptados” pelos CTT. A Judiciária conseguiu ainda apreender cerca de 140 mil euros dos roubos. O dinheiro estava escondido em habitações e veículos dos detidos, que estão “fortemente indiciados pela prática de crimes de associação criminosa, roubo e furto qualificados”, informa a PJ.Dos detidos, um tem a profissão de fiel de armazém e há dois empresários, um do ramo automóvel e outro do sector agrícola. Segundo a PJ, o acesso de um dos elementos “aos procedimentos adoptados” nos CTT, explica “a forma cirúrgica como os crimes eram cometidos”, indiciadora de “acesso a informação privilegiada acerca do modo como os transportes de valores eram efetuados” pela empresa.“Em várias situações” os ladrões faziam-se transportar em carrinhas “muitas vezes alugadas” que levavam, “na zona de carga, um motociclo utilizado para a abordagem às viaturas dos CTT”, refere a Judiciária. Na operação, além de dinheiro, foram apreendidos “mais de 20 automóveis e motociclos de gama alta, alguns furtados e viciados, além de mais de uma dezena de armas de fogo e outras”.
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