A segunda tentativa da Câmara Municipal de Santarém para vender em hasta pública oito prédios urbanos e um terreno, visando o encaixe de receitas extraordinárias, saiu novamente gorada. A hasta pública não obteve interessados mais uma vez, apesar do valor base da licitação de cada um dos artigos ter sido reduzido em 30 por cento face ao primeiro leilão.Na hasta pública inicial, aprovada pelo executivo no final de 2014, o valor total de mercado dos imóveis envolvidos, apurado após avaliação por técnicos municipais, era de cerca de um milhão e 700 mil euros. No lote encontrava-se o terreno do antigo bairro 16 de Março, cujas casas foram demolidas, que já esteve à venda anteriormente não tendo registado interessados. O valor base de licitação inicial era de 820 mil euros, o mais elevado do conjunto.O prédio na Rua António Maria Batista, que a autarquia também já tentou vender anteriormente, voltou novamente à praça, primeiro pelo valor de 390 mil euros e depois por menos 30%. Mais uma vez não encontrou interessados. Integravam ainda a lista de património a alienar os seguintes imóveis: na Travessa da Roda nº. 19 e 21; na Rua José Paulo nº. 2,4, 6 e 8; na Travessa dos Surradores nº. 1 e na Rua 15 de Março nº. 9; na Travessa da Graça nº. 7, 9, 11 e 13; na Rua Tenente Valadim nº. 2 e 3; na Rua José Paulo nº. 10; e na Rua de Palhais (Ribeira de Santarém) nº. 46 e 46A. Perante o desinteresse do mercado, o processo vai recomeçar da estaca zero.A autarquia mantém a intenção de alienar imóveis devolutos, e alguns deles em mau estrado de conservação, para realizar capital e vai preparar novas hastas públicas com esses e outros imóveis. Está também aberta a possibilidade de alguns serem objecto de permuta, informou o presidente da câmara, Ricardo Gonçalves, na última reunião do executivo.