As novas piscinas da Sociedade Euterpe Alhandrense (SEA), que foram cedidas à colectividade pela Cimpor durante cinco anos, deverão receber uma média de 300 utilizadores diários. As contas foram avançadas a O MIRANTE pelo presidente da SEA, Jorge Zacarias, durante um “sunset lounge” de reabertura do novo equipamento.“Este é um marco na vida da Euterpe e uma forma de continuarmos a responder às necessidades da nossa população e dos sócios da associação. Queremos que estas piscinas sejam as de todos os alhandrenses”, frisou o dirigente. Uma das novidades do equipamento, que teve de sofrer pequenas obras de melhoria e manutenção, pagas pela SEA, é que poderá ser utilizado também por crianças carenciadas do concelho. “Vamos disponibilizar as piscinas à câmara e à comissão social de freguesia para que cinco crianças por dia, carenciadas e sinalizadas pelos serviços, possam vir usufruir deste espaço fabuloso”, informa.As piscinas entraram em pleno funcionamento no dia 30 de Maio e são destinadas sobretudo aos sócios da Euterpe. As restantes entradas custam quatro euros. O complexo tem zonas verdes, bar, chuveiros e duas piscinas com profundidades diferentes.“Temos já um conjunto de infantários e instituições particulares de solidariedade social, sobretudo estruturas ligadas à infância, que já vinham para aqui e que nos contactaram para continuar a utilizar este equipamento”, esclarece Jorge Zacarias.Aos sócios, que temem que as piscinas tenham sido um “presente envenenado”, por serem caras de manter, o dirigente garante que não foram dados passos inseguros. “As piscinas não vão ser um sumidouro de dinheiro, até pretende ser o contrário, algo que possa dar retorno, se o tempo também nos ajudar este Verão. Antes de nos lançarmos neste projecto fizemos as contas e um estudo de viabilidade económica e estamos convictos que vamos conseguir ter sucesso”, garante. Recorde-se que a cedência das piscinas foi um processo envolto em polémica com duas associações de Alhandra a disputar os equipamentos, a Euterpe e o Alhandra Sporting Club. A empresa de cimentos lançou um concurso para que as duas associações interessadas pudessem apresentar a sua candidatura, mas o Alhandra Sporting Club (ASC) desistiu da corrida por não concordar com os moldes em que a empresa queria ceder os equipamentos e a Euterpe aproveitou a oportunidade.Em carta enviada à Cimpor na altura, o presidente do ASC, Rui Macieira, considerou que a cimenteira não estava a ceder mas sim a arrendar as instalações, por um valor que considerou “bastante alto”.