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Recordar Elza Chambel

Elza Chambel morreu no dia 18 de Maio e o país e a região ficaram mais pobres pelo desaparecimento daquela que foi durante anos o rosto do voluntariado em Portugal. Elza Chambel não era uma mulher qualquer. Teve uma vida cheia, de entrega à causa pública em diversas frentes, pelo que me surpreendeu a aparente indiferença com que foi recebido o seu falecimento. Autarquias, entidades públicas e privadas e o partido onde militou ficaram calados.Como recordou O MIRANTE no pequeno obituário que lhe dedicou, a presidente do Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado desde a sua fundação, em 2006, fez grande parte da carreira ligada à Segurança Social. Foi a primeira chefe de divisão em Portugal e chegou a lugares de topo na estrutura da Segurança Social, como directora distrital de Santarém e da Região de Lisboa e Vale do Tejo.Foi também fundadora do Partido Socialista em Santarém e a primeira presidente da Junta de Freguesia de Salvador eleita democraticamente. Pela sua dedicação à causa do voluntariado e pelo seu trajecto de vida, o jornal O MIRANTE distinguiu-a como Personalidade do Ano na área da Cidadania em 2009.Por tudo isto é triste constatar o ensurdecedor silêncio com que foi acolhida em Santarém, pelas diversas entidades com quem se relacionou em termos profissionais, políticos e pessoais, a morte de uma das mais notáveis habitantes da cidade, onde residia há meio século. Não se ouviu um lamento, um voto de pesar, uma manifestação de condolências públicas. Talvez, com um pouco de sorte, venham a atribuir o seu nome a uma rua. Se ainda houver ruas sem nome...José C. Reis

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