Considero-me uma pessoa dinâmica e activa e não costumo vacilar perante os desafios. Antes de me tornar sócio-gerente na Intertráfego estive envolvido noutros projectos. Passei nove anos em Angola a gerir um projecto de importação e exportação. Sempre fui um homem do mundo, ligado às dinâmicas internacionais. Toda essa experiência foi utilizada agora para engrandecer e projectar esta empresa. Quem quiser ser empresário tem que ter muita coragem e ser responsável. Este trabalho exige muita dedicação, conhecimentos e muitas horas sem dormir. As regras do mercado estão em constante alteração e para algumas pessoas a regra é o salve-se quem puder. Acredito que quem vai ganhar essa luta é quem tem como prática diária a honestidade e a responsabilidade. A concorrência externa no mercado dos transportes e da logística esmaga-nos. São empresas que têm mais apoios que nós, alguns até estatais. Aqui, infelizmente, somos esquecidos pela praça política. Dizem que as empresas têm de olhar para o exterior e aumentar as exportações mas os políticos esquecem-se que para os nossos produtos chegarem ao estrangeiro são precisas empresas que façam o transporte, como nós. Deviam apoiar-nos. Eu sei que é difícil porque a nossa economia não é tão musculada como as outras da Europa mas gostávamos ao menos que olhassem para nós com respeito.Durmo com os problemas e desafios da empresa. Digo, a brincar, que só me liberto um pouco ao fim-de-semana. Algumas vezes o excesso de stress tira-me o sono, stress esse provocado por muitas situações do meu dia-a-dia. Este é um trabalho desafiante e permanente. Actualmente estamos a renovar a nossa frota e acreditamos que a empresa tem dinâmica para vencer os desafios actuais e vir a ser uma referência no mercado nacional daqui a dois anos.Sempre que tenho tempos livres adoro passear e ler. Sobretudo passear na praia, adoro o mar e adoro praia. Esse é o meu "xanax". Uma boa refeição em família também é indispensável. De quando em vez faço umas caminhadas. Dá-me ânimo para continuar a dar passos firmes na vida pessoal e profissional.Gostava de ter sido piloto de aviões na TAP. Quando era miúdo sonhava com isso. Sempre fui um homem todo-o-terreno, nunca gostei de estar muito tempo parado no mesmo sítio. Naquela altura via os pilotos da TAP a voarem para todo o mundo e sonhava ser como eles. Raramente vejo televisão. Gosto mais de uma boa conversa com um amigo ou familiar ou de desfolhar um jornal ou ler um livro. Antes de morrer espero conseguir abrir escritórios da empresa noutros pontos do globo que são estratégicos para a nossa operação. Acredito que a melhor forma de gestão é ouvindo, consultando os nossos colaboradores para apurar ideias. Sou um grande ouvinte. Quando ouvimos os outros podemos criar novas ferramentas e corrigir algumas situações.