Sport Lisboa e Cartaxo entregou chaves do campo ao dono do terreno
Dirigentes e câmara municipal tentam encontrar solução para as equipas de futebol do clube poderem treinar e jogar
Os dirigentes do Sport Lisboa e Cartaxo (SLC) entregaram na segunda-feira, 22 de Junho, as chaves do campo de futebol da Quinta das Pratas, onde o clube treinava e jogavam algumas das suas equipas. A entrega das chaves ao proprietário do terreno onde foi construído o campo decorreu dentro da normalidade. O facto da época desportiva ter acabado tornou a situação menos complicada uma vez que existe mais tempo para encontrar uma solução para o clube. “Está a decorrer um processo negocial entre os dirigentes do clube e o proprietário do terreno que, esperemos, chegue a bom porto. Existe interesse de todos em resolver o problema até meados de Agosto, quando começar a nova época desportiva”, explicou o presidente da Câmara do Cartaxo, Pedro Magalhães Ribeiro (PS), a O MIRANTE.O autarca disse também que já teve reuniões com o secretário de Estado da Administração Local, onde foi debatida a possibilidade de expropriação do terreno do Campo das Pratas, e que este processo está pronto. No entanto, Pedro Ribeiro prefere esperar e tem optado pela via negocial para resolver o problema. O objectivo da expropriação é evitar a devolução do equipamento e o pagamento de uma indemnização de 500 mil euros ao proprietário. Dinheiro que Pedro Ribeiro já assumiu que não tem. Recorde-se que o proprietário do terreno colocou um processo no Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria (TAFL) contra a Câmara do Cartaxo, onde exige meio milhão de euros. Em causa estão dois acordos, celebrados em 2007, entre o proprietário, Manuel Marques, e o presidente do município da altura, Paulo Caldas (PS), que visavam resolver um litígio antigo com o clube por falta de pagamento de rendas.Num dos contratos, a câmara arrendou o imóvel comprometendo-se a pagar a respectiva renda. O contrato tinha uma duração de cinco anos, tendo terminado em 31 de Março de 2012, não existindo qualquer cláusula que previsse a sua renovação. Segundo o actual presidente da câmara, o município ficou assim impedido de continuar a pagar rendas. Em 2013, a câmara foi “citada” pelo Tribunal do Cartaxo para entrega do imóvel ao proprietário “livre de pessoas e bens”. O segundo contrato celebrado em 2007 incluía o compromisso da autarquia de garantir a aprovação, por parte das entidades da administração pública, da revisão ou alteração do Plano Director Municipal (PDM) que permitisse o alargamento do perímetro urbano da freguesia do Cartaxo. A intenção era possibilitar a construção num terreno pertencente a Manuel Marques, que não é urbanizável de acordo com o actual PDM. Como viu que as promessas do município não se concretizaram o proprietário do terreno avançou com o processo em tribunal exigindo uma indemnização.
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