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Os lares como resposta social

Os lares como resposta social

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Monira Osman*Na nossa sociedade, o idoso, a pessoa dependente ou doente, o sistema, e a comunidade em geral, devem ser encarados como um todo. Qualquer pessoa deve ter o direito a aceder aos cuidados necessários e imprescindíveis no tempo, espaço, local e com o prestador certos.Não podemos ignorar, face aos estudos demográficos, que uma larga percentagem da nossa população é constituída por pessoas com mais de 65 anos e, a tendência é para que a referência etária sénior, seja ainda maior nos próximos anos.A leitura sobre este fenómeno é ambivalente: por um lado mostra a vitória conquistada pela melhoria dos cuidados de saúde, o reforço das políticas de prevenção primária e da aplicação por parte da sociedade de boas práticas implementadas para seguir estilos de vida saudáveis que sejam o garante e sinónimo de longevidade com saúde. Por outro lado, o impacto do aumento da esperança média de vida, traz desafios onde a nossa sociedade parece pouco capaz de responder: - Estudos mostram que os gastos com os cuidados de saúde com as pessoas idosas são 3 vezes superiores aos da população em geral; - Neste grupo, a incidência das doenças degenerativas, oncológicas e/ou a coexistência de outras patologias fazem com que sejam polimedicados (com intervenções terapêuticas diversas) e com necessidade de acompanhamento clínico regular;- A questão do abandono, isolamento social, da fragilidade característica deste grupo etário, da resposta institucional ou o paradigma da família, mostra o quão frágeis e dependentes estão estas pessoas.Esta problemática deve fazer com que os seus intervenientes directos (idoso, família, comunidade), pensem e façam as suas considerações sobre os aspectos prioritários onde devem intervir ajudando a resolver as questões inerentes a este fenómeno e encontrando respostas. Só assim é possível dar a melhor solução, os melhores cuidados, os melhores serviços a quem nos procura.Os lares de idosos são definitivamente uma resposta social. São um “garante” do direito daquele que, na maior parte das circunstâncias, não se pode valer, cuidar, exprimir, indignar ou simplesmente agradecer activa ou passivamente…Ao contrário do estigma associado, os lares de idosos ao acolherem pessoas com as mais diversas limitações e doenças, têm como objectivo a promoção do envelhecimento com saúde, o estabelecimento de objectivos de vida, a consciencialização dos diferentes aspectos que caracterizam a velhice. Isto não colide com o intento de envelhecer com saúde e com dignidade.Instituições como a Residencial Lar da Minha Mãe e Lar e Repouso do Ribatejo procuram responder a estas necessidades consequentes do público alvo que servimos: queremos ser uma resposta a doentes crónicos compensados por forma a diminuir o seu tempo de internamento em hospital em caso de agudização do problema; temos disponibilidade de camas para pessoas cuja permanência em unidades de lar sejam uma boa alternativa até a definição da resposta social adequada.É importante apostar no envelhecimento activo com enfoque nas necessidades de estimulação, reabilitação e promoção da vida activa como contraponto à perda de autonomia, agravamento de estados de saúde e à incapacidade funcional. Tal como é importante ser parceiro social que permita envelhecer com saúde, adaptando a estrutura residencial ao cliente e às suas necessidades. Ser globalizador, integrativo e interdisciplinar, parecem ser condições necessárias para melhor responder a quem nos procura. Condição fundamental para alcançar o propósito para qual este tipo de unidade foi desenhada, condição também essencial para melhoria do desempenho dos técnicos que todos os dias intervêm e aplicam os seus conhecimentos por forma a melhorar o desempenho clínico, funcional e organizacional de todas as pessoas que se afirmam como “actores” desta realidade que, mais tarde ou mais cedo será de todos nós.* Psicóloga do Centro Clínico SASDirectora do Lar e Repouso do Ribatejo e da Residencial Lar da Minha Mãe
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