
Utentes de lares dizem bem do acolhimento
Encontro juntou quatro instituições de solidariedade social para um dia diferente.O grau de satisfação dos idosos com quem O MIRANTE falou é, de um modo geral, positivo, mas alguns apontam críticas à qualidade da comida e à falta de pessoal auxiliar.
A maior parte dos idosos com quem O MIRANTE falou durante um convívio na praia fluvial dos Olhos de Água, concelho de Alcanena, não tem queixas a fazer do serviço que lhes é prestado nos lares onde estão internados. Joaquim Roque, por exemplo, utente do Centro de Bem Estar Social de Alcanena há 3 anos, garante sentir-se bem e diz que as funcionárias “têm bons modos e são todas impecáveis”. Maria Fernandes, utente do Centro de Solidariedade Social Padre José Filipe Rodrigues, situado em Zibreira, Torres Novas, também só tem maravilhas a dizer sobre o lar. “Está cheio de atractivos”, refere, salientando os bons cuidados prestados pelas funcionárias aos idosos, quer de dia, quer de noite.O MIRANTE marcou presença no encontro de convívio realizado no dia 16 de Junho e tentou perceber o grau de satisfação dos utentes dos lares representados: Centro de Bem Estar Social de Alcanena, Santa Casa da Misericórdia da Chamusca, Fundação Maria da Conceição e Humberto Horta (Meia Via, Torres Novas) e Centro de Solidariedade Social Padre José Filipe Rodrigues (Zibreira, Torres Novas). Ao longo da conversa com dezenas de idosos, a opinião mais comum era satisfatória acerca da instituição de acolhimento, embora com algumas ressalvas. Fernanda Aleixo é utente do lar da Chamusca, onde diz que se sente bem e é bem tratada, apontando apenas a comida como um problema. “A sopa, por exemplo, é muito boa, mas os outros comeres as pessoas não gostam. A comida podia melhorar um bocadinho mas isso está nas mãos de quem manda”, afirma, tentando ser compreensiva: “Na nossa casa às vezes também não gostávamos da comida”.O problema apontado por Maria da Luz, utente do lar da Meia Via, é outro. “As empregadas têm muito trabalho. Há lá muitos acamados e muitos idosos e as empregadas são poucas. O lar havia de ter mais empregadas”, sugere. De resto não tem queixas. “Antes pelo contrário, toda a gente me tem tratado bem. Mesmo não sendo ribatejana, tenho sido estimada por toda a gente”.Ajuda ao próximo guia acção dos responsáveisAproveitando a presença dos animadores e educadores sociais de cada uma das instituições O MIRANTE tentou perceber o que os motiva a trabalhar com idosos. “O que me motiva é saber que posso contribuir um bocadinho para melhorar a qualidade de vida deles. Conseguir tirá-los da monotonia, da apatia e despertar o interesse deles por alguma coisa, acho que é a melhor coisa que podemos fazer por eles”, explica Augusta Pereira, animadora sócio-cultural da instituição da Meia Via. Cândida Lino, animadora da Misericórdia da Chamusca, tem opinião semelhante: “Os idosos precisam de muita ajuda e poder ajudá-los e poder fazer com que o dia deles seja um bocadinho melhor é sempre uma mais-valia”, refere.Tiago Madeira, animador do Centro de Bem Estar Social de Alcanena, e Ana Henriques, educadora social do Centro de Solidariedade Social Padre José Filipe Rodrigues, destacam a “constante aprendizagem” com os idosos. “Aprende-se a respeitar esta idade”, diz Tiago.Os quatro concordam na importância de levar os idosos a realizarem actividades ao ar livre e, na hora de o fazer, apontam a mobilidade dos utentes e as acessibilidades dos locais como as principais dificuldades.

Mais Notícias
A carregar...