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Investigador de Santarém distinguido por trabalho na Doença de Alzheimer

Investigador de Santarém distinguido por trabalho na Doença de Alzheimer

Miguel Castanho chefiou o estudo que incluiu mais três cientistas portugueses
O investigador de Santarém, Miguel Botas Castanho, foi distinguido com o Prémio de Investigação Clínica da Fundação Grünenthal pelo trabalho intitulado “Dor em Doença de Alzheimer: pesquisa de um biomarcador para solucionar o problema da sua subavaliação”. Este trabalho é da autoria conjunta de Miguel Castanho, Sónia Sá Santos, da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Isaura Tavares, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, e Sara Matos Santos, do Serviço de Anestesiologia do Hospital de Cascais, que receberam o prémio no valor de 7.500 euros.“Esta investigação teve como objectivo contribuir para o estudo da eventual subestimação da dor e consequente sofrimento em pacientes de Doença de Alzheimer. É necessário ter presente que um paciente com esta doença não tem a mesma facilidade em exprimir a sua dor que um indivíduo saudável. Menos queixas nestes casos não significam necessariamente menos sofrimento; pode significar apenas menos capacidade de expressão da dor. É urgente conseguir um método de medir susceptibilidade à dor que não passe apenas pela queixa do doente”, refere Miguel Castanho, investigador principal que chefiou o estudo vencedor da categoria de Investigação Clínica.Miguel Castanho refere que “com esta investigação descobrimos que a dor é, de facto, subavaliada por familiares e prestadores de cuidados de saúde, o que, por um lado, leva a que não se controle devidamente o sofrimento dos doentes, e que, por outro lado, a dor persistente não controlada contribua para agravar a patologia associada à Doença de Alzheimer. O investigador explica ainda que o estudo identifica uma molécula analgésica que no futuro poderá contribuir para o entendimento da relação entre dor crónica e Doença de Alzheimer, além de ser ela própria candidata a molécula que em análises clínicas pode servir de indicador objectivo de susceptibilidade à dor”.O Júri do Prémio Grünenthal Dor 2014 foi constituído por sete elementos, um representante da Fundação Grünenthal e seis personalidades médicas da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor, Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Sociedade Portuguesa de Anestesiologia, Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação e da Sociedade Portuguesa de Reumatologia. Os prémios Grünenthal Dor contemplam um valor pecuniário total de 15.000 euros, igualmente distribuídos pelo Prémio de Investigação Básica e pelo Prémio de Investigação Clínica. Criado pela Fundação Grünenthal em 1999 constituem o prémio de mais alto valor anualmente distribuído em Portugal no âmbito da investigação em dor.
Investigador de Santarém distinguido por trabalho na Doença de Alzheimer

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