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“O Colete Encarnado assenta-nos mesmo bem!”

São quatro depoimentos mas podiam ser quarenta ou quatrocentos. Se não há unanimidade sobre a importância das festas taurinas para a preservação da identidade cultural de Vila Franca de Xira, há, no mínimo, uma quase unanimidade. A cidade respira assim e fica sem o seu oxigénio muito próprio se lhe retirarem aquela componente. Os entrevistados por O MIRANTE só lamentam que o colete do estacionamento pago não permita que mais pessoas sintam a alegria e liberdade que lhes é dada pelo Colete Encarnado.

Nuno VenturaGerente da Bento e Delgado - Comércio de materiais de construçãoNuno Ventura é um aficionado e nas festas do Colete Encarnado gosta de assistir às largadas de touros, aos espectáculos, do convívio e do ambiente que se vive nas ruas. Para o empresário, o Colete Encarnado e a Feira de Outubro são muito importantes não só a nível pessoal mas principalmente a nível do concelho. “As tradições devem ser mantidas e para tal a população tem de continuar a contribuir”, refere. Na cidade de Vila Franca de Xira identifica alguns problemas como a falta de estacionamento não pago e de mais estacionamento para cargas e descargas, situação que considera ser prejudicial ao comércio. Lamenta também o encerramento do Vila Franca Centro. “Desde que isso aconteceu há menos gente na zona centro”.Maria Teresa GonçalvesGerente da Lojinha da Abuela - Artes DecorativasÉ natural da Venezuela e gosta da tradição das festas do Colete Encarnado. Defende que as festas tradicionais ligadas ao mundo dos toiros devem ser mantidas por uma questão de tradição e identidade. Quanto a Vila Franca de Xira, gostaria que fossem aproveitados os espaços que estão esquecidos e desocupados, a começar pelo Vila Franca Centro. Diz que há muito menos gente a visitar a cidade devido ao facto de quase todo o estacionamento ser pago. “Quem mais sofre com a falta de estacionamento é o pequeno comércio e há mesmo fornecedores deixam de vir ou vêm menos vezes porque não têm lugar para parar”, refere. Alfredo SantosSócio Gerente da Auto-Império Vilafranquense - Peças para automóveisAlfredo Santos gosta de ir à Festa do Colete Encarnado à noite, para conviver e para ver os toiros. “São as festas maiores e mais antigas do concelho”, garante. Defende a manutenção das tradições e lamenta que tenham desaparecido a feira do melão e a feira do cavalo. Considera que a festa do Colete Encarnado tem até que ser revitalizada porque já não atrai tantos visitantes como antigamente. “Acho que parámos no tempo e não evoluímos”, afirma. Para além da revitalização da festa deseja uma revitalização geral da cidade. “É importante pensar em investimentos para trazer pessoas e movimento para o centro de Vila Franca. O comércio está muito fraco. Tem que se pensar na dinamização de alguns espaços”, declara. Alice LambuçaGerente da Casa da Sónia - Loja de artesanatoÉ também para evitar o desaparecimento de valores culturais que Alice Lambuça diz que tem de se continuar a manter a festa do Colete Encarnado. “Sou de Vila Franca de Xira, sou aficionada e gosto bastante de ir ver a entrada de toiros”, refere. Na sua loja, entre os vários artigos à disposição dos clientes tem fardas de campino e de forcado, o que a liga directamente a todo o universo das festas taurinas. Mas não são só as tradições que a movem em defesa da cidade. Nesta altura está a lutar para que a câmara não substitua uns bancos que existem na Travessa do Araújo que os moradores usam para descansar e conviver uns com outros e para colocação de uma “ilha ecológica” para depósito de resíduos urbanos. Estão a ser recolhidas assinaturas para uma petição a entregar à Câmara Municipal, à Junta de Freguesia e à Associação de Comerciantes.

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