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Sucesso do futebol do Vilafranquense sustenta-se na formação

Sucesso do futebol do Vilafranquense sustenta-se na formação

Dirigente ambiciona um terceiro campo para prática da modalidade, defendendo a construção de um complexo desportivo em terrenos da Cimianto

Já passaram dois anos desde que o futebol do Vilafranquense ficou nas mãos de uma sociedade anónima desportiva (SAD), presidida por Rudolfo Frutuoso. Um homem que respira futebol e que tem mudado a face do clube para melhor. O ano voltou a ser de sucesso e o futuro mostra-se promissor.

O futebol do União Vilafranquense, especialmente dos escalões de formação onde militam 270 jovens dos 4 aos 18 anos, não pára de crescer e já começa a fazer falta um terceiro campo ao complexo do Cevadeiro. Rudolfo Frutuoso, presidente da SAD do Vilafranquense, diz que o sucesso das camadas jovens é fundamental para o êxito do emblema mas admite que para potenciar ainda mais a formação e dar mais qualidade aos jovens seria preciso um terceiro campo de futebol. E admite que os terrenos da antiga Cimianto poderiam ser o local ideal para esse tipo de obra.“O terceiro campo é um sonho, sabemos o momento em que estamos, apesar da economia estar a retomar, sabemos que as coisas continuam difíceis. Mas estamos seriamente à procura de uma solução para podermos ter mais um campo. Espaço há, mas precisamos de apoios. A Cimianto podia ser uma hipótese, para termos o nosso terceiro campo e permitir ao Alhandra ter o seu novo campo da Hortinha”, admite a O MIRANTE. Para Rudolfo Frutuoso, tendo em conta a quantidade de clubes existentes no concelho, o cenário ideal seria a construção de um complexo desportivo municipal nos terrenos da Cimianto, que albergasse um espaço que pudesse ser partilhado por todos. “Tem espaço para isso”, refere o empresário.Excesso de procura vai obrigar a filtrar jovens O futebol de formação no Vilafranquense tem crescido a um ritmo veloz. Dos 150 jovens de há dois anos, passou para os 270 e começa a ser difícil arranjar vaga. “A qualidade começa a aparecer e com pena vamos ter de começar a filtrar os jovens. Nem toda a gente que quer vir para cá vai poder vir e os que cá estão podem não poder continuar, não há espaço”, lamenta. Os escalões de formação é onde o clube tem arrecadado os principais troféus. Os juniores foram duas vezes campeões, da segunda para a primeira divisão e o ano passado da primeira divisão para a divisão de honra. Os juvenis asseguraram a manutenção na honra e os iniciados também foram campeões. Na equipa principal, o clube não conseguiu este ano subir ao Campeonato Nacional de Seniores, apesar de ter feito um campeonato muito bom no Pró-Nacional e ter acabado na segunda posição a escassa margem do primeiro classificado. Ainda assim nada está decidido uma vez que, até 31 de Julho, ainda pode haver equipas a desistir do CNS por falta de estrutura económica para competir. Se assim for, o clube de Vila Franca de Xira pode mesmo subir à antiga segunda divisão. Uma certeza é que já conseguiu o apuramento para jogar a Taça de Portugal, com jogo marcado para 6 de Setembro.“Se ficarmos no Pró-Nacional assumimos a luta pela subida. Se subirmos ao CNS o objectivo será fazer um campeonato tranquilo e praticar bom futebol”, explica o dirigente. O Vilafranquense tem ganho alma e confiança nos relvados e isso agrada aos adeptos. Rudolfo garante que o estigma que inicialmente existia face à SAD está a desaparecer. “Os sócios perceberam que somos pessoas de bem e profissionais que estão aqui para levar o clube a outros patamares e para dar visibilidade à cidade. Nunca escondemos que o nosso objectivo é valorizar jogadores para os vender. Mas não temos só aqui jogadores da Eurofoot (principal accionista), isso é mentira. Trabalhamos com toda a gente, desde que tenham qualidade”, garante.Um dirigente que foi futebolista profissionalNatural de Torres Vedras, Rudolfo Frutuoso, 34 anos, vive há mais de uma década em Vila Franca de Xira, terra de onde é a esposa. Foi jogador profissional e vestiu as camisolas de, entre outros, Torreense, Sporting, Estoril, Oriental, Ovarense e Rio Maior, onde terminou a carreira. “Irrita-me ouvir as pessoas a dizer que Vila Franca de Xira não tem nada. Mas também ninguém faz nada para as coisas acontecerem. Se todos pensássemos dessa forma nunca tínhamos pegado no Vilafranquense. Todos diziam que éramos malucos quando o fizemos. É quando somos novos que temos de arriscar”, confessa o homem que diz que a cidade tem um rio fabuloso mas “mal dinamizado” e “mal explorado”.A luta por novos balneáriosO clube está a lutar por requalificar os balneários do campo do Cevadeiro, que estão muito velhos e degradados. Para isso candidatou a obra ao Orçamento Participativo que está a decorrer no concelho de Vila Franca de Xira até final de Julho. Os interessados em votar podem fazê-lo enviando uma mensagem gratuita para o número 3302 com o código MVF015[espaço]OP46. Mais informações podem ser encontradas na página do Vilafranquense SAD no Facebook.
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