uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

Renova investe na produção de papel de qualidade superior

Nova máquina, cuja entrada em funcionamento está prevista para o segundo semestre de 2016, vai permitir à fábrica de Torres Novas aumentar a sua capacidade de produção de papel em 50%.

A Renova, Fábrica de Papel do Almonda, em Torres Novas, vai apostar numa tecnologia inovadora na Europa para produzir papel tecido de qualidade superior, “com mais volume, mais macio e mais absorvente”, um investimento de 40 milhões de euros apresentado na segunda-feira.Paulo Pereira da Silva, presidente executivo da Renova, apresentou o plano de investimento numa visita que marcou o início de uma semana que o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, quer dedicar à divulgação de projectos de investimento em curso no país.A “máquina de papel número 7”, cuja entrada em funcionamento está prevista para o segundo semestre de 2016, vai permitir à Renova aumentar a sua capacidade de produção de papel em 50%, dando continuidade ao plano de expansão anunciado em Abril e que passa pela instalação, até ao final do ano, da primeira fábrica fora do país, em França.Paulo Pereira adiantou que a fábrica em França, um investimento de 10 milhões de euros, será destinada apenas à transformação, continuando a produção de papel a fazer-se no concelho de Torres Novas.Nas duas fábricas instaladas neste concelho ribatejano, junto ao rio Almonda, a Renova procede à reciclagem de papel (que representa 50% da matéria-prima usada na produção), produz o papel e transforma, empregando cerca de 600 pessoas.Criada em 1939 a empresa adquiriu grande visibilidade em 2005 com a produção de papel higiénico de cor preta. Paulo Pereira referiu o facto de a Renova ter conseguido mudar a percepção e a relação com um produto “quase vergonhoso”, que “provoca sorrisos”, mas que deixou de ser tabu.O papel higiénico representa 50 a 60% da produção da Renova, empresa que exporta actualmente cerca de 50% da sua produção global. Para o presidente executivo da empresa, o que distingue a Renova é ter conseguido provar que é possível construir uma marca com sede em Portugal e que pode ser internacionalizada, “um trabalho muito difícil, que demora muito tempo” e que exige “inteligência” na promoção.O investimento agora apresentado, que permitirá igualmente a ampliação da fábrica, foi considerado Projecto de Potencial Interesse Nacional e de interesse municipal, tendo-se candidatado a fundos do Portugal 2020.A empresa quer “flexibilizar a sua capacidade de resposta nos mercados centro e norte da Europa e incrementar a sua presença noutros continentes, nomeadamente na América do Norte”, sendo actualmente Espanha, França e Bélgica os seus principais mercados externos.

Mais Notícias

    A carregar...