uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Colectividades de Torres Novas deram-se a conhecer à cidade

Colectividades de Torres Novas deram-se a conhecer à cidade

Primeira Mostra Associativa Torrejana contou com a participação de 20 agremiações

Dificuldades na cobrança de quotas, falta de apoio da autarquia e problemas financeiros são alguns dos problemas com que se depara o movimento associativo do concelho de Torres Novas. Mas a vontade de servir a comunidade é superior a essas contrariedades e desistir é palavra proibida

Apenas 20 das 119 colectividades do concelho de Torres Novas marcaram presença na 1ª Mostra Associativa Torrejana, que decorreu na Praça do Peixe, de 11 a 13 de Setembro, onde decorreram várias iniciativas dinamizadas pelas associações participantes, como espectáculos de bandas filarmónicas, ranchos folclóricos, jogos tradicionais, cinema, ginástica, xadrez e debates sobre o movimento associativo. Apesar do trabalho voluntário que fazem em prol da comunidade, as associações queixam-se da falta de apoio do município e das dificuldades de financiamento. Nuno Guedelha, vice-presidente da União das Colectividades e Associações do Concelho de Torres Novas, não compreende que a autarquia dispense 700 mil euros para o Teatro Virgínia, enquanto as associações vivem na penúria: “A União das Colectividades já sugeriu que 10 por cento desse valor (70 mil euros) fosse para subsidiar as colectividades. Assim não andávamos sempre com a corda na garganta”.Nuno Guedelha, também presidente do Cineclube de Torres Novas, explica que têm de procurar outras fontes de receita que, no caso do Cineclube, advêm de produções, colecções, sessões de cinema e da prestação de serviços que fazem para a autarquia, mas subsídios nem vale a pena pedir: “Não pedimos porque sabemos que também não vamos receber nada”. A par da falta de apoio, a Liga dos Amigos do Hospital de Torres Novas também se depara com a falta de voluntários, fundamentais para ajudar diariamente os doentes da unidade hospitalar com informação sobre os serviços, alimentação nos períodos de espera e palavras de conforto aos utentes internados. O financiamento para as suas actividades vem do bar que exploram à entrada da secção de consultas externas (sem pagar qualquer renda ao hospital), das quotas dos cerca de 400 sócios e de alguns donativos. “Não temos um cobrador portanto torna-se difícil fazer a cobrança de todas as quotas”, diz Manuel Ligeiro, presidente da Liga dos Amigos. Dificuldades na cobrança de quotas, falta de apoio da autarquia, problemas financeiros são queixas também comuns à Tertúlia Associativa de Arte e Cultura Torrejana (TAACTO), que desenvolve actividades de pintura, poesia, gastronomia e fotografia. Joaquim de Sousa Varela, fundador e presidente, espera que as coisas mudem para melhor: “O associativismo está a morrer, com cada vez menos pessoas a ajudarem e a praticarem o bem”.Já o Núcleo de Artes de Riachos (NAR), integrado na Associação para a Defesa do Património Histórico e Natural de Riachos, que também não conta com apoio autárquico e enfrenta dificuldades na cobrança de quotas, procura outras soluções. As actividades que o núcleo desenvolve nas áreas de artes plásticas, artesanato, produção escrita, gastronomia e música são suportadas por cada um dos participantes e consegue retirar algum lucro das peças vendidas e da organização de almoços e jantares de angariação de fundos. “Sobrevivemos bem com aquilo que temos”, garante António Pereira Jorge, presidente da direcção do NAR.A União Desportiva e Recreativa da Zona Alta vive das receitas do bar da sua sede, das mensalidades dos alunos e da participação em algumas iniciativas, como a Feira Medieval de Torres Novas. Está também empenhada em desenvolver protocolos com empresas e instituições de forma a criar benefícios aos sócios. Da câmara, recebem um subsídio pontual e a cedência de infra-estruturas para as várias modalidades da colectividade. “Temos cerca de 400 jovens atletas e por vezes é difícil mantê-los em actividade”, explica João António, vice-presidente.
Colectividades de Torres Novas deram-se a conhecer à cidade

Mais Notícias

    A carregar...