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Um bandarilheiro que brilha no wakeboard

Um bandarilheiro que brilha no wakeboard

Francisco Sousa classificou-se em 5º lugar no Mundial da modalidade aquática que decorreu na albufeira de Castelo do Bode

Aos 21 anos, não faltam desafios na vida do jovem residente na Quinta do Falcão, concelho de Tomar. Entusiasta da festa brava, ou não fosse sobrinho do cavaleiro tauromáquico Rui Salvador, Francisco diz que a adrenalina da arena é incomparável.

Francisco Sousa, 21 anos, residente na Quinta do Falcão, Tomar, começou a praticar wakeboard (desporto aquático praticado com uma prancha puxada por uma lancha.) numa brincadeira entre amigos, no Verão de 2010, na praia fluvial de Alverangel, na albufeira de Castelo do Bode. Passados cinco anos encontrámo-lo no campeonato do Mundo de Wakeboard que se realizou pela primeira vez em Portugal, no Lago Azul, em Ferreira do Zêzere, entre os dias 16 e 19 de Setembro.Não conseguiu ir além das semi-finais, o que já “foi óptimo para um português”. Classificou-se em 5º lugar na sua classe, Men´s1, apenas com um atleta português à sua frente, Bernardo Branco, actual campeão nacional. Francisco confessa a O MIRANTE que “foi uma experiência única poder competir ao lado dos melhores do mundo”, ainda para mais no seu país. O jovem tem como objectivo ser melhor na modalidade a cada dia que passa mas não quer ser atleta profissional.O wakeboard proporciona momentos com bastante adrenalina mas o coração de Francisco Sousa bate mais depressa quando assume o papel de bandarilheiro. Francisco é sobrinho do cavaleiro tauromáquico Rui Salvador e “cresceu no mundo dos toiros”. Se tivesse que escolher entre o wakeboard e a festa brava, não tinha qualquer dúvida: “Escolheria a festa brava porque me proporciona outro tipo de emoções, o nível de adrenalina é elevadíssimo e é preciso ter um grande autocontrolo para conseguir estar dentro da arena, é um sentimento difícil de explicar”.Para além do wakeboard e das corridas de toiros, o jovem é ainda praticante de Downhill, uma vertente do BTT, onde conseguiu o quarto lugar no campeonato nacional da modalidade. O jovem estuda no 2º ano do curso de Agronomia na Escola Superior Agrária de Santarém, mas o curso “é para se ir fazendo”, como diz a O MIRANTE.Mundial de wakeboard pela primeira vez em PortugalPela primeira vez o campeonato do mundo de Wakeboard foi realizado fora dos Estados Unidos. Na prova estiveram cerca de seis centenas de atletas de todo o Mundo. O Lago Azul em Ferreira do Zêzere foi escolhido pela organização pela sua beleza. Luís Segadães, um dos responsáveis pela organização do evento, trouxe o presidente da World Wakeboard Association, Shannon Starling, que quando conheceu local disse: “é isto mesmo e nem quis conhecer mais sítios”, conta Ricardo Cristóvão, elemento da organização, a O MIRANTE.O wakeboard é um desporto aquático praticado com uma prancha tipo snowboard, puxado por um barco. Foi inventado nos Estados Unidos há 25 anos e inicialmente praticava-se com uma prancha de surf com fixações. Surgiu como uma alternativa para os surfistas nos dias com poucas ondas.Primeira estância de wakeboard do mundo instalada no Médio TejoOs municípios de Abrantes, Ferreira do Zêzere, Mação, Sertã e Vila de Rei, a Turismo do Centro e a Associação Portuguesa de Wakeboard e Wakeskate (APWW) em consórcio com a EIPWU unem-se na promoção conjunta da região Centro de Portugal através do wakeboard, um desporto que está em ascensão em todo o mundo, superando o surf em número de praticantes nos Estados Unidos da América.“O wakeboard é um desporto recente, que se tem afirmado pela sua espectacularidade, captando adeptos e curiosos em todo o mundo. É o desporto aquático com maior taxa de crescimento dos EUA, onde nasceu há 25 anos. Alastrou-se por todo o mundo e sabemos hoje que existem mais de três milhões de praticantes só na Europa”, explica André Matos, presidente da APWW.O presidente da World Wakeboard Association, Shannon Starling, apelidou Portugal de “Florida da Europa”, por se assemelhar nas condições fantásticas para a prática de wakeboard.
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