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Museu Francisco Tavares Proença Júnior – quando iminente se transforme em eminente

Foi preciso visitar o Museu Francisco Tavares Proença Júnior de Castelo Branco no passado dia 13-9-2015 (Domingo à tarde) para perceber melhor o que me aconteceu no passado mês de Agosto no Entroncamento quando fui obrigado a pagar bilhete no Museu Ferroviário. A carteira profissional de jornalista de nada vale para eles. E nem está em causa o custo do bilhete (3 euros) mas sim a atitude. Copiando o código de excepções da Rede dos Museus do Centro, alguém do Entroncamento colocou assim o novo Museu Ferroviário na mesma linha. Jornalista ali só com «pré-aviso» e em reportagem. O Museu do Prado de Madrid e o Museu Marítimo de Greenwich em Londres (por exemplo) que recebem os jornalistas com cordialidade, elegância e simpatia, estão, pelos vistos, enganados, confundidos e errados. Em Castelo Branco, no Entroncamento e (imaginamos) em toda a rede de Museus dependentes da DRCC (talvez sigla de Direcção Regional da Cultura do Centro) é prática corrente não abrir as portas aos jornalistas. Por muito que isto nos custe até tem lógica porque estamos num país de analfabetos. Basta ver que num dos quadros da parede do Museu de Castelo Branco há uma tapeçaria sobre Sodoma e Gomorra. Ao lado um texto explicativo não assinado relembra a maldição divina anunciada sobre estas duas cidades e os seus habitantes que eram grandes pecadores. Estava iminente a concretização da ameaça de Deus mas no texto explicativo ao lado da tapeçaria escreveram «eminente». A troca de letras dá à palavra um sentido diferente e quase oposto tal como acontece em emigrantes e imigrantes. Mas as coisas aqui são como são. Em Portugal os analfabetos triunfam em toda a linha. Manda quem pode, obedece quem deve. E a vida continua porque a morte é certa. José do Carmo Francisco

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