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O erro no Orçamento Participativo e as associações obrigadas a participar 

Mais uma situação a juntar a outra relatada anteriormente, relativa ao mesmo Orçamento Participativo (OP) de Vila Franca de Xira. Nenhuma das duas qualifica como erro informático. Porque nem a não inclusão de uma proposta na lista de votações final, nem neste caso, foi a ‘máquina’ que se enganou. Foi a utilização desnecessária de processos manuais, muito mais sujeita a erros, quando todo este trabalho devia estar completamente automatizado. O que falhou foi o esclarecimento adequado. Neste caso, se não se sabia responder no momento, ia-se averiguar e ainda havia mais de 40 dias para resolver a questão.A solução honesta e para não perder a confiança dos munícipes só pode ser uma: rever os inconcebíveis 5.912 votos inválidos e validar imediatamente todos aqueles que incluíam quer o ‘MVFX015 OP002 ‘ (assumidamente errado) quer o ‘MVF015 OP002’ (actualizado sem o X). Curiosamente nenhum deles aparece nas listas de resultados publicada no site. Esta proposta de Alhandra recolheu 16 votos mas com o código ‘MVF015 OP02’, ou seja com menos um dígito, o que nos SMS faz toda a diferença. Parece óbvio que há aqui mais uma discrepância. Esta revalidação de votos deve ser extensível a todas as outras propostas que eventualmente tenham sido sujeitas aos mesmos erros. Porque a verdade é só uma: todas essas pessoas estavam a querer contribuir para o mesmo projecto, cujos códigos de votação, e que por razões alheias aos proponentes, foram mal divulgados. Invalidar apenas os votos duplicados que originaram no mesmo número de telefone, já que apenas o primeiro contava.Acrescento que enquanto comunidade nos deve fazer pensar o facto das corporações e associações humanitárias de bombeiros terem que se sujeitar a este processo de votação para receberem equipamentos fundamentais à protecção civil das populações. Se há vontade e verba disponível, ajude-se sem ter que se gastar tempo e dinheiro em Orçamento Participativo. Então para onde vai o valor de todas as taxas, da participação dos 5% do IRS e do IMI? Quem diz bombeiros, diz todas as associações que se substituem ao estado e às autarquias, no papel de apoio social, desportivo, educativo e cultural que lhes compete, e quantas vezes com sacrifício pessoal. Isto não é fazer ‘lobby’ é fazer uma sociedade melhor.Existe algo de positivo a tirar pela avaliação das propostas ao Orçamento Participativo. A maioria foi no sentido de melhorar a parte social e cultural, promover o desporto, o ambiente urbano e a mobilidade. Aqui estão identificadas as maiores fraquezas actuais do ponto de vista de quem cá mora. Agora é trabalhar em conformidade.Por último fica uma sugestão: uma vez que com os seis projectos vencedores não se esgotou a verba disponibilizada (1.000.000€), que tal utilizar-se a restante para aproveitar algumas das boas ideias apresentadas e pôr mãos à obra?Maria

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