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Atritos com Carlos Lopes levam a saída de Mário Aníbal do atletismo do Sporting

Ex-atleta olímpico mantém-se na Federação Portuguesa de Atletismo

Divergências na gestão do atletismo leonino podem estar na origem da ruptura. Mário Aníbal, que continua a ser o português com mais recordes no decatlo, esteve apenas seis meses no cargo de director técnico.

O ex-atleta olímpico Mário Aníbal, residente no concelho de Vila Franca de Xira e que viveu grande parte da sua infância e juventude na Chamusca, deixou de ser o director técnico do atletismo do Sporting em ruptura com Carlos Lopes, o responsável da secção. Em causa estão alegadas divergências e atritos que se foram criando entre ambos envolvendo a gestão da modalidade e os 300 atletas que ali estão a competir.Mário Aníbal, que detém até hoje os recordes nacionais de decatlo e heptatlo, diz a O MIRANTE ter saído “a bem” do clube de Alvalade e “sem dizer tudo o que havia por dizer” aos responsáveis do Sporting. Depois de ter dito ao diário Record que já não estava a “acrescentar nada” ao clube leonino, prefere agora não alimentar polémicas e diz que o assunto, para ele, “acabou”. A saída do técnico não o afasta da modalidade, já que continua ao serviço da Federação Portuguesa de Atletismo como técnico do Centro de Alto Rendimento do Jamor. Já se fala nos bastidores que o ex-atleta pode estar a caminho do Benfica, clube rival dos leões e pelo qual sempre vestiu a camisola quando competia. “Já várias pessoas me falaram sobre isso, que ia para o Benfica, mas francamente não sei de nada nem houve qualquer abordagem. Não sei rigorosamente nada sobre esse assunto e estou a ser surpreendido com isso”, refere.O sucessor de Mário Aníbal no Sporting é Carlos Silva, treinador do Sporting há várias épocas. O seu nome foi falado há um ano quando Anabela Leite se demitiu pouco tempo depois de ser indicada para o cargo. Nessa altura foi Mário Aníbal, um nome de fora do clube, a ser convidado para o lugar. Também Mário Aníbal acabaria por ficar pouco tempo em Alvalade - entre Fevereiro e Julho deste ano, abrindo agora a porta a Carlos Silva.Numa entrevista a O MIRANTE em Março, o ex-atleta, que viveu na Chamusca até aos 26 anos, assegurava que não era por estar no Sporting que ia ter mais ou menos profissionalismo do que quando era atleta do Benfica. “O nível de profissionalismo deve ser sempre elevadíssimo, quer seja no Sporting ou num clube de bairro. Ou fazemos as coisas bem ou não fazemos. A responsabilidade é que é naturalmente maior”, revelava. Chegou a elogiar Carlos Lopes, dizendo que era “uma honra” trabalhar com aquele atleta de grande experiência. O MIRANTE tentou contactar Carlos Lopes sobre o assunto mas tal não foi possível até à data de fecho desta edição.Mário Aníbal competia numa das modalidades mais duras das olimpíadas, o Decatlo, composta por 10 provas disputadas em dois dias: 100 metros, salto em comprimento, lançamento do peso, salto em altura, 400 metros, 110 metros barreiras, lançamento do disco, salto à vara, lançamento do dardo e 1500 metros. Um problema de saúde levou ao final prematuro da sua carreira, em 2000.

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