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Municípios querem criar sistema intermunicipal de recolha de lixos na Lezíria

As câmaras associadas na Resiurb - Associação de Municípios para o Tratamento de Resíduos Sólidos querem transformar a empresa Ecolezíria, que gere o aterro sanitário da Raposa, Almeirim, numa empresa de recolha de lixo nos municípios da Lezíria do Tejo. A ideia surge depois de a Resiurb ter tomado posse na semana passada dos 49 por cento das acções que os privados detinham na Ecolezíria, passando assim a ser uma empresa unicamente de capitais públicos. Santarém, Azambuja, Golegã e Rio Maior, que não fazem parte do sistema, podem vir a aderir a este projecto.Segundo o presidente da Resiurb e da Câmara de Almeirim, Pedro Ribeiro (PS), neste momento estão a fazer-se estudos para a gestão integrada da recolha de resíduos. Para isso vai ser fundamental a autorização do Governo à contratação de mais pessoal. Pedro Ribeiro, em declarações a O MIRANTE, garante que já foi feito um pedido nesse sentido à administração central, aguardando-se uma resposta. Os actuais funcionários das câmaras do sector da recolha de resíduos passavam a trabalhar para a empresa mas é necessário, segundo o autarca, um reforço de meios humanos, atendendo ao facto de as autarquias terem quadros muito reduzidos nesta área. Pedro Ribeiro explica ainda que se a ideia se concretizar, os equipamentos dos municípios serão transferidos para a Ecolezíria e contarão para o capital social de cada um na empresa.O presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves (PSD), vê com bons olhos este projecto, até porque a autarquia está com dificuldades em garantir a recolha em todo o concelho. O autarca refere que já foi reservada uma verba no orçamento para o próximo ano para que seja contratada a privados a recolha de lixo num terço do concelho, por falta de pessoal no município para o fazer. “Será uma boa solução e Santarém está na disposição de avançar para este sistema”, refere o presidente, acrescentando que está a analisar estudos que estão a ser feitos relativamente ao projecto.A presidente da Câmara de Rio Maior, Isaura Morais (PSD), também está interessada na ideia mas revela que não pode fazer nada até 2017, pois o município tem um contrato com privados. A autarca explica que a recolha no concelho está entregue até esse ano à Suma, que é a empresa que estava no capital da Ecolezíria, juntamente com a Lena Ambiente. A partir desse ano a autarca diz que existe a possibilidade de aderir ao futuro sistema intermunicipal de recolha de resíduos urbanos.Da Resiurb fazem parte os municípios de Almeirim, Alpiarça, Coruche, Cartaxo, Salvaterra de Magos, Benavente e Chamusca (Resitejo), que agora através da associação dominam a totalidade da Ecolezíria. Recorde-se que os municípios da Resiurb tinham decidido em Janeiro de 2014 encerrar o aterro intermunicipal da Raposa, depois de ter ficado deserto um concurso para a construção de uma nova célula, que não previa a exploração pelos privados. Os lixos passaram a ser encaminhados para o sistema da Chamusca. Com o fecho do aterro a Ecolezíria passou a gerir os pagamentos à Resitejo, o encaminhamento de lixos e a monitorização do aterro.

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