Câmara de Tomar aposta na habitação e reforço das políticas sociais
Orçamento do município para 2016 será de 37 milhões de euros. Oposição votou contra.
A grande aposta da coligação PS/CDU que gere a Câmara Municipal de Tomar para 2016 vai ser no reforço das políticas sociais, nomeadamente na habitação social. O executivo municipal pretende aumentar “significativamente” o investimento na construção e recuperação, beneficiação das habitações sociais, realojamento em novas tipologias, apoio ao arrendamento e plano de acção para comunidades desfavorecidas. Outra das grandes apostas da coligação PS/CDU será também no acompanhamento do esforço de criação e riqueza local e de emprego.O orçamento será de 37 milhões de euros, menos sete por cento do que em 2015, que foi de cerca de 40 milhões de euros. A presidente do executivo, Anabela Freitas (PS), referiu em reunião de câmara extraordinária que o orçamento poderia ser inferior se não tivesse que “acomodar dívidas” que legalmente têm de estar classificadas a curto prazo, como as dívidas à ADSE, Construtora São José - processo que aguarda decisão do tribunal, relativo à construção do pavilhão municipal e Parq - que totalizam cerca de nove milhões de euros.O município prevê aumentar em cerca de 40 por cento as transferências financeiras para as freguesias. Em 2016 aposta nas obras do Centro Escolar da Linhaceira, requalificação da Várzea Grande e envolvente, projecto de musealização do complexo da Levada, Ponte do Carril e Mercado Municipal. Os projectos que aguardam financiamento comunitário são o Programa de Intervenção para a Comunidade Cigana, Tomar Ciclável, reabilitação do Convento de São Francisco, criação do Centro de Apoio Social da Abegoaria, intervenção na Sinagoga, requalificação da 3ª fase de arruamentos do centro histórico, mobiliário urbano e sinalética, valorização e requalificação do espaço público junto ao rio Nabão, valorização dos vestígios de ocupação romana na cidade, Parque de Campismo, Piscina Vasco Jacob, reabilitação do Palácio Alvim, acções de gestão e animação na Casa dos Cubos e Centro Interpretativo da Festa dos Tabuleiros. Oposição acusa maioria de apresentar orçamento falacioso O vereador do movimento Independentes por Tomar (IpT), Pedro Marques, diz que a principal proposta da maioria que gere a Câmara de Tomar, relativa à habitação social, não está “devidamente alicerçada”. “Não sabemos quais são as carências habitacionais do concelho neste momento e como se pretende colmatar essas deficiências. Temos duas situações diferentes: pessoas carenciadas por falta de emprego e temos o caso do Flecheiro. As duas situações devem ser devidamente acompanhadas e pela conversa que tivemos com a maioria não sentimos que as coisas estejam devidamente alicerçadas”, disse.João Tenreiro (PSD) afirma que o que está no orçamento não passa de “meras intenções” e que o está no documento para 2016 são medidas “avulsas”, um conjunto de intenções mas que “não estão dentro” de um plano estratégico para o concelho de Tomar. “Isto é a gestão da propaganda e os senhores são mestres na propaganda para publicitar aquilo que não fazem. É um orçamento falacioso, sem qualquer futuro concreto para o concelho de Tomar. Não se prevê nenhuma acção concreta para o emprego e crescimento do concelho. É um documento que traduz falta de planeamento estratégico”, critica o vereador da oposição, acrescentando que a coligação se limita a fazer a gestão corrente do município.PSD e IpT contra aumento do mapa de pessoalOs vereadores da oposição votaram contra o orçamento para 2016 - que foi aprovado com os quatro votos do PS e CDU - porque a maioria decidiu juntar no mesmo ponto o orçamento e o mapa de pessoal. João Tenreiro, António Jorge (PSD) e Pedro Marques (IpT) ainda pediram para que os documentos fossem votados separadamente mas tal não aconteceu. Anabela Freitas explicou que houve um aumento de 17 trabalhadores. Pedro Marques criticou o facto do aumento no quadro de pessoal não vir devidamente representado.“A senhora presidente abre os concursos que quer, o que provoca aumentos nas despesas com o pessoal. O pior é que não se comprova que esses novos cargos sejam mesmo importantes para o município”, afirmou. Os vereadores do PSD, João Tenreiro e António Jorge, explicaram que votavam contra o documento, que inclui também o orçamento, uma vez que não concordam com a forma como o quadro do mapa de pessoal está feito. Os três vereadores da oposição explicaram que se os pontos fossem separados votavam contra o mapa de pessoal e abstinham-se no orçamento.
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