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“Os clientes devem ser tratados como convidados especiais”

“Os clientes devem ser tratados como convidados especiais”

Bruno Monteiro é sócio-gerente da loja Opticália de Benavente

Quando era pequeno sonhava ser piloto de aviões mas as voltas do destino empurraram-no para o ramo da óptica, no qual se diz muito feliz. É um empresário que gosta de arriscar mas com conta, peso e medida e diz que nenhum empresário cresce passando por cima dos que o rodeiam. Entende que trazer as novidades para os locais mais tradicionais só traz vantagens, para quem investe e para quem compra.

O valor principal de um empresário deve ser a honestidade. Sem ela ninguém consegue vencer e nenhum empresário cresce passando por cima dos outros e alcançando os seus objectivos sozinho. A crença é de Bruno Monteiro, 33 anos, sócio-gerente da Opticália de Benavente, uma loja que veio revolucionar o mercado da óptica naquela vila ribatejana.“Os empresários têm de ser honestos com a sua equipa e com os clientes. Cuidar dos clientes como sendo os nossos convidados especiais. Quando entra um cliente nas minhas lojas isso é uma alegria e eu recebo-o com essa alegria. Porque o cliente deposita em nós a sua confiança e nós queremos devolver essa confiança”, explica a O MIRANTE. Bruno é um empresário que gosta de enfrentar desafios. Não tem medo de arriscar e investir, desde que tenha uma margem mínima de garantia de que o negócio vai ser um sucesso. A Opticália em Benavente abriu em Fevereiro de 2014 e tem sido um sucesso, deixando o empresário muito satisfeito.“Fizemos estudos de mercado e uma das coisas que percebemos é que o mercado é muito tradicional em Benavente. Achámos que trazer uma ideia nova para Benavente seria fantástica. A única Opticália do grupo aqui na vila é a nossa. É algo arrojado, que aposta em moda, que rompe o tradicional. O primeiro ano foi muito positivo, superou em muito as nossas expectativas, não estávamos à espera de ter o êxito que tivemos. Só confirmou a ideia que tinha, de termos vindo romper com o tradicionalismo que existia, fomos muito bem recebidos, as pessoas gostaram e estamos a crescer”, revela.Bruno Monteiro nasceu na Guarda, onde estudou, e veio para Lisboa para trabalhar no seu primeiro emprego, na área da produção de televisão, onde fazia produção de exteriores. O seu trabalho era coordenar toda a preparação dos locais para que, quando a equipa de filmagens chegasse, tudo estivesse pronto a gravar. Como o trabalho era esgotante Bruno acabou por aceitar um convite para ir para o teatro, tendo estado quatro anos na Companhia Teatral do Chiado, casa fundada por Mário Viegas e Juvenal Garcês. Quando um imbróglio político com a Câmara de Lisboa lhes retirou uma sala no São Luiz, Bruno teve de procurar outro emprego.“Comecei a trabalhar junto da minha paixão, que são os aviões, no aeroporto de Lisboa. Fui oficial de placa, que é a pessoa responsável pela aeronave enquanto ela está em terra. Assisti principalmente os aviões da TAP”, recorda. Quando era pequeno Bruno sonhava ser piloto de aviões. Só o preço elevado do curso de pilotagem o forçou a abdicar da ideia. “Entretanto conheci um dos sócios fundadores da empresa a que agora pertenço, o Centro Óptico de Ponte de Sor. Fomos abrindo várias lojas (incluindo uma em Abrantes, em Rossio ao Sul do Tejo) e achei que Benavente seria uma boa localização”, explica.Tirou várias formações em óptica e hoje já se sente com asas para voar neste negócio, pelo qual se diz já apaixonado. “Há muita resistência a trazer conceitos inovadores e diferentes para determinadas regiões do país e isso é errado, porque as pessoas estão sedentas desses conceitos. Arrisco quando sei que, em 80 por cento das possibilidades, haverá sucesso. Trazer conceitos inovadores para determinada região é muito positivo. Os empresários precisam de arriscar”, defende.Bruno Monteiro diz que não acreditaria se há vinte anos lhe dissessem que ia ser empresário. “Foi tudo uma sequência de eventos, nunca pensei que viria a ter este papel”, confessa. Mas gosta do peso da responsabilidade. “Gosto de saber que sou responsável por 15 famílias que dependem destes ordenados para viver. Sou uma pessoa que gosta do trabalho, hoje em dia não basta abrir a porta, é preciso trabalhar muito. O segredo do sucesso é o trabalho, não há uma fórmula mágica. É fazer como eu, passar 16 horas a trabalhar de segunda a sábado. Mas é isso que me dá prazer”, conclui. Diz que a crise ainda não passou e que cada vez mais as pessoas procuram o mais barato possível, em detrimento da qualidade. “Há pessoas a pagar óculos às prestações, isso é terrível, saber que uma necessidade de saúde destas não está acessível a toda a gente”, lamenta.A loja de Benavente vai arrancar em Janeiro com uma nova campanha que promete deixar os consumidores do concelho bastante satisfeitos.
“Os clientes devem ser tratados como convidados especiais”

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