A senhora presidente da Câmara de Tomar e os senhores autarcas em geral gostam muito de reivindicar tudo e mais alguma coisa, desde que não tenham que usar os seus orçamentos municipais. Em vez de se concentrarem na gestão dos recursos que têm, preferem meter o bedelho nos recursos de outras instituições do Estado querendo que elas gastem o que não podem gastar. Mas há limites para a demagogia e para o populismo.A Medicina Interna de Tomar fechou em 2012. Na altura tinha, salvo erro, catorze doentes e o serviço tinha sido pensado para quarenta e quatro. Existe no Hospital de Tomar um serviço de internamento que tem chegado para as necessidades. Sejamos sérios. Não podemos pensar na saúde em termos meramente económicos mas também não podemos esbanjar o dinheiro que não temos. Eu não quero cortes nos ordenados nem nas pensões e muito menos aumento de impostos mas é isso e ainda pior vai acontecer se começarmos a reivindicar à toa.As pessoas sensatas reconhecem que foi um erro criar três hospitais no Médio Tejo. Querer persistir no erro e querer serviços iguais em todos eles é errado. Em Tomar foram concentrados, se bem me recordo, os serviços de  Otorrinolaringologia e a Cirurgia Geral. Noutros hospitais foram concentrados outros serviços. Usar a saúde como instrumento de lutas políticas e corporativas, como tem sido feito, é um mau princípio. Haja razoabilidade, por favor. Fátima PachecoEm vez de se preocupar com a Medicina Interna do Hospital de Tomar devia olhar para as questões do concelho que lhe dizem directamente respeito. A senhora presidente da câmara tem por cá muita sarna para se coçar como se costuma dizer e não precisa de procurar muito. Claro que faz mais vista se começar a apontar os males dos outros. Enquanto faz isso fica convencida que ninguém repara no lixo que tem à porta. João Carlos M. Caldeira