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Barquinha quer estudar aproveitamento turístico de unidades militares

Barquinha quer estudar aproveitamento turístico de unidades militares

Esse potencial está inscrito na Carta Nacional do Turismo Militar que resultou de uma colaboração entre o município, o Politécnico de Tomar e a Brigada de Reacção Rápida.

A Câmara de Vila Nova da Barquinha quer estudar com a tutela e chefias da Defesa a possibilidade de aproveitamento turístico das três unidades militares existentes no seu território, disse à Lusa o presidente do município. Fernando Freire afirmou reconhecer a sensibilidade da matéria, tendo em conta que as unidades - Brigada de Reacção Rápida e os Regimentos de Pára-quedistas e de Engenharia n.º 1 - estão activas e a sua capacidade operacional não pode ser posta em causa.Contudo, o potencial oferecido pelo turismo militar leva a que queira dialogar com o Ministério da Defesa e as chefias militares no sentido da abertura das unidades à visitação e da preservação da memória, patrimonial, histórica e cultural que representam.Esse potencial está patente na Carta Nacional do Turismo Militar que resultou de uma colaboração entre o município, o Instituto Politécnico de Tomar (IPT) e a Brigada de Reacção Rápida.Para Fernando Freire, é possível abrir as portas das unidades para visitação, nomeadamente dos núcleos museológicos que estas possuem e não estão habitualmente abertos ao público, mas também para outras actividades - como paintball, uso de veículos militares abatidos e pára-quedismo desportivo -, “sem pôr em causa a sua capacidade operacional” e até contribuindo para o seu apetrechamento.O município propõe-se, por exemplo, a estudar a possibilidade de candidatar a fundos comunitários a criação de um túnel de vento, que ficaria disponível para treino dos militares, reduzindo o número de saltos de pára-quedas em voo, e para uma componente lúdica.Vila Nova da Barquinha foi o município apontado pela maioria dos inquiridos no estudo que culminou na Carta Nacional de Turismo Militar como “capital do turismo militar” (seguindo-se Tomar, Lisboa e Elvas), sendo indicado como “região piloto” para a implementação do turismo militar no território nacional.João Pinto Coelho, docente do IPT que desde 2010 tem trabalhado nesta temática, disse à Lusa que o turismo militar permite usufruir e preservar um vasto património militar existente no país, visando o trabalho académico em parceria com a Universidade de Aveiro e o Centro de Investigação da Academia Militar para tentar “organizar e concertar” uma oferta que se encontra dispersa e dependente de várias tutelas.Vila Nova da Barquinha tem sido apontada como laboratório devido à histórica presença de unidades militares no denominado Polígono de Tancos, incluindo a Escola Prática de Engenharia, a Escola de Tropas Aerotransportadas, a Unidade de Aviação Ligeira, da qual faz parte a Brigada de Reacção Rápida, e a ligação aos Templários, exemplificada pelo castelo de Almourol.Insere-se ainda numa região onde estão implantadas outras importantes estruturas militares, como o Campo Militar de Santa Margarida, no município vizinho de Constância, a maior instalação militar da Europa, ou os regimentos de Manutenção (Entroncamento) e de Infantaria 15 (Tomar), refere o estudo.Fernando Freire destacou os “milhares de pessoas que ao longo dos anos” passaram por estas unidades, que “ficaram marcadas e gostam de regressar”, mas também a atracção para estrangeiros que se interessam por estas temáticas.
Barquinha quer estudar aproveitamento turístico de unidades militares

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