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O Convento do Carmo em Torres Novas e a sorte grande da Misericórdia

O rei D. Luís cedeu o Convento do Carmo à Misericórdia de Torres Novas com a indicação que era apenas para a instalação de um hospital. Depois do 25 de Abril, quando foi criado o Serviço Nacional de Saúde e o hospital passou para o Estado, o Convento do Carmo deveria ter voltado para as mãos do Estado mas, inexplicavelmente, em vez disso, o Estado começou a pagar renda à Misericórdia pela sua ocupação com um hospital público. Quando a Câmara de Torres Novas decidiu comprar o Convento à Misericórdia para ali instalar os Paços do Concelho foi levantada a questão da doação feita pelo rei em 1886 e a exigência aí feita do uso para hospital. Era uma segunda oportunidade para defender o interesse público mas mais uma vez não foi isso que aconteceu. A solução foi passar definitivamente o edifício, que era propriedade do Estado uma vez que já não era hospital, para as mãos da Misericórdia, permitindo-lhe receber pela venda do mesmo, um milhão e quase trezentos mil euros. A Misericórdia ganhou trinta e tal anos de rendas e mais essa quantia como cereja em cima do bolso. E quem pagou foi o Zé contribuinte. Infelizmente estas questões nunca foram discutidas abertamente em Torres Novas porque nenhum político se atreve a mexer com alguns interesses. Depois venham dizer-me que andam a defender o interesse da população... Fernando de Carvalho

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